Aécio, Aloysio, as calúnias e o boato da morte do doleiro Youssef
O PSDB poderia, talvez, prestar um
serviço a si próprio se não insistisse tanto, e de maneira tão veemente, em
subestimar a inteligência dos eleitores, inclusive os do partido.
Da tribuna do Senado, Aloysio Nunes,
ex-vice de Aécio, fez um pronunciamento, por um lado, ressentido e, por outro,
hipócrita. Recusou o “pedido para diálogo”. “Comigo não! Porque se estende uma
mão e a outra mão tem a faca, o punhal para lhe cravar na barriga, para lhe
cravar nas costas!”, disse, dramático.
Reclamou também da baixaria petista.
“Como é possível descer tão baixo na calúnia, na infâmia, transformar as redes
sociais, que são um instrumento maravilhoso da democratização dos debates, da
participação social, transformar isso num esgoto, num esgoto fedorento para
destruir adversários?”
Aécio, num vídeo de agradecimento a quem
confiou nele, foi no mesmo tom. “Disputamos uma eleição desigual, com o outro
lado usando como nunca a máquina pública, a infâmia e a calúnia contra nós”.
O lacerdismo mequetrefe teima em brigar
com os fatos, mas nada impedirá Aloysio, Aécio e colegas de continuar posando
de vítimas e vestais. Se não colou durante a campanha, por que colaria agora?
Alguém acredita realmente que o PSDB não
distribuiu golpes baixos a torto e a direito?
O último, desesperado, foi uma mensagem
no WhatsApp que circulou no sábado, véspera da votação. Assinada por um certo
Roberto Feldmen, identificado como jornalista, dava conta da morte do doleiro
Alberto Youssef.
O texto:
URGENTE – O
doleiro Alberto Youssef acaba de FALECER depois de ser levado a um hospital na
tarde deste sábado (25), em Curitiba.
O Dr. Gileno
Setubal, plantonista informou a dois jornalistas que faziam plantão no local, o
óbito. Por recomendação expressa de uma pessoa desconhecida, após ter feito o
comunicado foi proibida que a informação seja divulgada até o final da votação
neste domingo.
Assim como no
caso Celso Daniel o PT providenciou uma queima de arquivo. Provavelmente o
doleiro faleceu por envenenamento e não por enfarte como será anunciado domingo
pela noite. O mesmo PT que neste sábado fez um ato de vandalismo na sede da
editora Abril, acaba de realizar mais um crime. Queima de arquivo contra quem
poderia depois de apresentadas as provas arruinar com a provável eleição de
Dilma.
Não sei se é
tempo útil, mas tente repassar esta mensagem para o máximo de eleitores. Não
podemos votar o 13 neste domingo. É endossar além da corrupção, a segunda morte
de quem sabia demais. Isso é usado no oriente médio, e em ditaduras. Estou
chocado.
O Estadão, que acompanhou o movimento
das urnas no bairro de Higienópolis no domingo, ouviu, entre outros, o vereador
pessedebista Andrea Matarazzo, que resumiu seu sentimento e, provavelmente, o
de seus companheiros: “É boato, infelizmente. Mas digamos que é um bom boato.”
Bom para quem? Matarazzo é o mesmo que,
numa reunião pública na Câmara Municipal de São Paulo, falou para a presidente
da Sabesp Dilma Pena que a CPI da estatal não passava de um “teatrinho” e que a
comissão “não tem a menor consequência”.
O sujeito que assina a mensagem sobre o
assassinato do doleiro é irmão de Jorge Scalvini, que retirou vídeos como o
“Helicoca”, do DCM, do ar. Ambos não existem, mas trabalham para a mesma causa.
Youssef, que
teve uma queda de pressão, saiu da UTI e voltou à prisão. O médico citado
também é fictício. O que persiste e não dá sinais de que vá desaparecer tão
cedo é a malandragem travestidade de moralidade.
Postado pelo jornalista Kiko Nogueira - Título Amorim Sangue Novo
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