Anvisa concede
registro e libera primeiro remédio oral para hepatite C
O Diário Oficial da
União publicou nesta quarta (06) o esperado registro do daclatasvir, primeiro
medicamento oral para hepatite C a ser usado no Brasil. O anúncio foi feito na
tarde de terça(95) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele adiantou que,
registrado o medicamento, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
SUS (Conitec) avaliará o uso na rede pública, o que pode demorar até seis
meses.
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Manifestação pede
liberação de novos remédios contra hepatite C
O registro é o
documento que permite a venda de um medicamento no país. Em outubro, o
Ministério da Saúde havia pedido à Agência Nacional de VIgilância Sanitária que
priorizasse a avaliação do registro de três medicamentos usados no cambate à
hepatite C, entre eles o daclatasvir. O sofosbuvir e simeprevir ainda aguardam o
registro. O índice de cura da doença com o uso destes medicamentos chega a 90%.
O registro dos três remédios e a incorporação deles ao SUS era uma demanda das
associações voltadas para a hepatite C.
De acordo com o Grupo
Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, os remédios injetáveis usados
atualmente causam problemas colaterais graves à saúde do paciente, que, muitas
vezes, pode ser obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos. Além
disso, o índice de cura dos tratamentos disponíveis não ultrapassa 70%.
Além de ter um índice
de cura maior, o novo medicamento também reduz o período de tratamento de 48
para 12 semanas. Atualmente, 15,8 mil pessoas tratam a hepatite C na rede
pública brasileira.
Segundo Chioro, o
novo medicamento também será uma opção para quem tem aids e para os
transplantados, grupos com dificuldades para injetáveis.
A hepatite C é uma
doença causada por vírus e transmitida principalmente pelo sangue, mas também
pelo contato sexual ou por mães para bebês durante a gravidez. A enfermidade
pode gerar lesões no fígado e até mesmo câncer hepático.
Da
redação com, AgBrasil
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