Trecho com navegação interrompida desde maio de 2014 é reaberto
para a passagem de embarcações
Na foto de Amorim Sangue Novo pôr-do-sol sobre o rio Paraná vista da cidade de Panorama |
O governador Geraldo Alckmin participou nesta quarta-feira, 27, da reativação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava. A hidrovia é gerenciada pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, e beneficia diretamente os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
"Hoje ė um dia histórico, a mais importante hidrovia brasileira do ponto de vista econômico, que liga os maiores centros produtores do agronegócio. Esta reabertura ė fundamental para o nosso país, em termos de competitividade, de redução de custo e de logística", explicou o governador ao reativar a navegação na cidade de Buritama.
O ponto estava interrompido para a passagem de embarcações, desde
maio de 2014, em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e
Ilha Solteira. A navegação no trecho será reativada com o calado de 2,80 metros ,
estabelecido pelo Departamento Hidroviário a partir da manutenção da cota dos
reservatórios definida em 325,94
metros pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão
federal responsável pelo setor energético. A retomada da navegação representa a
geração de empregos e contribui para a redução de custos das produções, já que
esse tipo de transporte apresenta custos operacionais inferiores a outros
modais. Além disso, a hidrovia oferece vantagens logísticas ao contribuir para
reduzir o tráfego nas estradas.
Esforços e ações foram empreendidos pelo Governo do Estado, por
meio das secretarias de Energia e de Logística e Transportes, junto ao Operador
Nacional do Sistema (ONS), para que houvesse o gerenciamento das águas dos
reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba, possibilitando
assim o nível de armazenamento necessário para restabelecer a navegação. A partir
disso, em agosto do ano passado, foram iniciadas as operações para
transferência de água dos reservatórios localizados a montante de Três Irmãos e
Ilha Solteira. O cenário de chuvas registrado nas últimas semanas também
contribuiu para o aumento dos níveis. Com isso, o Departamento Hidroviário
reabre a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano.
A Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de
cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país. De 2006 a 2013, a quantidade de
cargas cresceu de cerca de 3,9 milhões de toneladas para 6,3 milhões de
toneladas. Alguns dos principais produtos transportados são: milho, soja, óleo,
madeira, carvão, cana de açúcar e adubo. Com a reativação da passagem de cargas
de longo percurso, a projeção de movimentação na hidrovia, em 2016, é superar o
montante de 6,3 milhões de toneladas de cargas registrado em 2013. Para o ano
de 2017, a
expectativa é de que essa quantidade suba para 7 milhões de toneladas.
A suspensão da navegação do trecho, em Buritama, atingiu as cargas
de longo percurso vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que compreendem
soja, milho, celulose e madeira. No restante do trecho paulista da hidrovia,
houve navegação de cana de açúcar e areia. No ano em que o ponto foi
interrompido, em maio de 2014, foram movimentados 4,6 milhões de toneladas de
cargas. Já em 2015, o movimento registrado foi de 4,5 milhões de toneladas.
Sobre a Hidrovia Tietê-Paraná
A hidrovia Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros
de extensão, sendo 1.600
quilômetros localizados no Rio Paraná, administrado pela
Ahrana - Administração da Hidrovia do Paraná (ligada ao Ministério dos
Transportes), e 800
quilômetros no rio Tietê, sob responsabilidade do
Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo. A hidrovia integra um grande
sistema de transporte multimodal, abrangendo os Estados de São Paulo, Paraná,
Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Conecta áreas de produção aos portos
marítimos e serve os principais centros do Mercosul.
O
Departamento Hidroviário executa o Programa de Modernização da Hidrovia
Tietê-Paraná, que prevê investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão, conforme
convênio assinado entre o Estado e o Governo Federal, em 2011. Deste montante,
R$ 900 milhões são provenientes da União e R$ 600 milhões do Tesouro do Estado.
O programa tem como objetivo realizar melhorias e modernização no trecho
paulista da hidrovia.
Mais informações:
Secretaria de Logística e Transportes
Assessoria de Imprensa
(11) 3702-8111 a 8116
Assessoria de Imprensa
(11) 3702-
Da
redação com governo deSão Paulo – Foto ilustrativa
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