RAY CONNIFF 'S ALWAYS CONNIFF COMPLETO
O único concerto de Ray Conniff em DVD completo
Filho de pai trombonista e mãe
pianista, foi natural que ele seguisse o caminho da carreira musical. Conforme
Ray contava em suas entrevistas, fez um curso por correspondência, com um único
dólar, que o introduziu na arte da teoria musical. Formou o seu primeiro grupo
artístico ainda adolescente.
Anos mais tarde, aperfeiçoou-se de forma
profunda na carreira, ao se tornar discípulo da Juilliard School.
Depois de atuar e formar uma sólida base musical como trombonista e arranjador nas Big Bands, como as de Artie Shaw, Harry James e outros, Ray passou a escrever
arranjos para Johnny Mathis, Guy Mitchell, Johnnie Ray, mas devido a seu talento,
teve a oportunidade de formar sua própria orquestra em 1955, a convite de Mitch Miller,
da CBS.
Seu estilo de associar vozes masculinas a trombones, trompas e saxofones
baixo, e vozes femininas a pistões, clarinetes e saxofones altos, dava-lhe uma característica
inusitada e só sua. Seu coral limitava-se a pronunciar sons como da-das e du-du-dus e outras variantes, ao invés de
palavras, o que imprimia um "colorido musical", intensificando os
tons suaves e, ao mesmo tempo, abrandando os mais fortes.
O som de Conniff ficou famoso logo após o
lançamento de seu primeiro disco solo,
em 1956, e que se intitulou ´S Wonderful, que vendeu
milhões de cópias e permaneceu por meses nas primeiras posições da parada de
sucessos. Daí até o segundo, terceiro e quarto álbuns, todos de grande sucesso,
foi um pulo, assim como seus lançamentos subseqüentes.
Ray Conniff fez um grande sucesso até o início
da segunda metade da década de 1960, período em que seu
som ainda era ouvido em bailes de clubes, nas rádios e
nas festinhas caseiras. No entanto, a partir do final desta mesma década, suas
vendas começaram a decair. A despeito disso, sempre se manteve fiel a seu
estilo, com algumas variantes, como discos com o pistonista Billy Butterfield e a introdução dos cantores ainda no
início da década de 1960 e que, a partir do final desta, passariam a ser a sua
maneira predominante de interpretar as canções, com gravações mais espaçadas do
estilo que lhe consagrou, até por uma imposição do mercado que, àquela altura,
apresentava forte concorrência com o lançamento de novos estilos mundo afora.
Naquela mesma época, fez sua primeira visita ao Brasil,
como convidado, ao lado de Henry Mancini,
para o Festival Internacional
da Canção, onde então teve oportunidade de imprimir seu estilo a uma orquestra constituída de músicos e coral
inteiramente brasileiros. Seu som, sempre fidelíssimo a seu estilo, levou a
platéia do Maracanãzinho ao delírio, interpretando Aquarela do Brasil, Besame Mucho e Somewhere My Love.
Foi o início de uma série de vindas ao Brasil e de shows pelo mundo afora (América Latina, Inglaterra, Alemanha, Japão, Rússia,
etc). Em todos esses lugares era recebido com enorme entusiasmo pelas platéias.
A partir de meados da década de 1970, reduziu seus
cantores de 24 para oito vozes, sem que perdesse em qualidade sonora ou
comprometesse seu estilo. Na década de 1980/1990, voltou-se de vez para o
mercado latino, tendo gravado centenas de canções, incluindo algumas
brasileiras, concentrando-se basicamente no repertório musical de Roberto Carlos e de Julio Iglesias.
Ainda assim, lançou álbum de trilhas sonoras de filmes americanos e que
incluíam sucessos como Titanic,Superman, A Bela e a Fera,
etc. e outro com cantores do estilo country americano. Continuou gravando e
realizando concertos pelo resto de sua vida.
No Brasil, sua versão para o Concerto para Piano
e Orquestra Nº 1, de Tchaikovsky,
tornou-se muito popular depois que passou a ser utilizada como prefixo do Programa Haroldo de Andrade.
Morreu em 12 de outubro de 2002 em Escondido, Califórnia,
após sofrer uma queda em uma banheira. Encontra-se sepultado no Westwood Village Memorial Park
Cemetery, Los Angeles, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados
Unidos.
Fontes: Wikipedia e Youtube
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