Antes de
acelerar pelo autódromo de Abu Dhabi a bordo de um Aston Martin, em fevereiro
deste ano, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), teve o cuidado de gravar
um vídeo para explicar as condições em que pilotaria.
“Eu vou fazer isso,
evidentemente, dentro de toda a segurança e seguindo as normas do circuito”,
disse ele, mostrando, na sequência, os dedos indicador e médio na horizontal.
“Acelera!”, finalizou, com o lema de sua gestão.
Se estivesse no Brasil,
contundo, o tucano não poderia assumir o volante do veículo e sair pelas ruas.
Isso porque, naquele mesmo período, ele estava com a habilitação suspensa
justamente por desrespeito às normas de trânsito. A suspensão do direito de
dirigir vigorou entre 13 de janeiro e 12 de março e se deu porque o prefeito
acumulou mais de 20 pontos na carteira após uma série de infrações, a maioria
delas por excesso de velocidade.
Hoje, mesmo com o prazo de
punição vencido, Doria continua impedido de dirigir, já que ainda não
participou do curso de reciclagem (de 30 horas) obrigatório para recuperar a
sua habilitação.
Nossa observação, baseado
nas multas relacionadas na matéria
da Folha de São Paulo, podemos perceber que mesmo após a suspensão, o prefeito
continuou a ser multado. Parece que Dória, hoje apoiado por grande parte da
imprensa e elite paulista, tem problemas semelhantes ao de Aécio Neves, que também teve sua carteira
suspensa e até se recusou a fazer o teste do bafômetro.
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