Plano Real foi um programa brasileiro com o objetivo de estabilização
e reformas econômicas, iniciado em 27 de fevereiro de 1994 com a publicação
da medida provisória número 434. Tal medida
provisória instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu
regras de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia, e determinou o
lançamento de uma nova moeda, o real
O programa foi a mais ampla medida econômica já realizada
no Brasil e
tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava o país. Utilizou-se de
diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação que
chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, época do lançamento da nova moeda. A
idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das
reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários
economistas, reunidos pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.
O presidente Itamar Franco autorizou
que os trabalhos se dessem de maneira irrestrita e na máxima extensão
necessária para o êxito do plano, o que tornou o Ministro da Fazenda no homem
mais forte e poderoso de seu governo, e no seu candidato natural à sua
sucessão. Assim, Fernando Henrique, que estivera à frente do Ministério entre
maio de 1993 e março de 1994, elegeu-se Presidente do Brasil em outubro do mesmo
ano. No
entanto, segundo Itamar Franco, "o grande ministro do Plano Real
chama-se (Rubens) Ricupero e, em seguida, Ciro (Gomes).
E depois houve Paulo Haddad, Eliseu Resende.
O plano não é só de um ministro".
O Plano Real mostrou-se nos meses e anos seguintes o plano de
estabilização econômica mais eficaz da história, reduzindo a inflação (objetivo
principal), ampliando o poder de compra da população, e remodelando os setores
econômicos nacionais.
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Aqui jaz a moeda que acumulou,
de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento.
Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de
1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque
realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas
deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no
período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920.
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