Raquel Elias Ferreira Dodge (Morrinhos, 26 de julho de 1961) é subprocuradora-geral da República e integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao consumidor e à ordem econômica.[2] Integra o Conselho Superior do Ministério Público e foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF. É Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília e Mestre em Direito pela Universidade de Harvard. Ingressou no MPF em 1987.
Em 28 de junho de 2017, foi escolhida pelo Presidente Michel Temer para substituir o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, mesmo estando na segunda colocação da lista tríplice enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República à presidência da República, que não tem obrigação constitucional ou legal de nomear quaisquer um dos indicados.[3] Em 12 de julho de 2017, sua indicação foi aprovada pelo Senado por 74 votos a favor e 1 contra.[4] Foi nomeada oficialmente pelo presidente Temer no dia seguinte.
Nasceu em Morrinhos, Goiás, filha de Ivone Elias Cândido Ferreira e de José Rodrigues Ferreira, então advogado, pais de mais três filhos, outra mulher e dois homens. A família morava em frente ao Colégio Coronel Pedro Nunes, onde Raquel e seus irmãos iniciaram seus estudos, acompanhados pela tia materna, a professora Ivonete Elias Cândido.
Ainda durante a infância de Raquel, o Dr. Rodrigues Ferreira foi aprovado em concurso público para juiz de direito e mudou-se com a família para Araguacema, atualmente no estado de Tocantins, depois para Formoso, Goiás, e, por fim, Brasília, na época em que entrou para o Ministério Público Federal. Já adolescente, Raquel começou a se preparar para também seguir carreira na área jurídica.
Graduada em Direito pela Universidade de Brasília, entrou para o Ministério Público Federal em 1987.
Em dezembro de 1992, casou-se com Bradley Dodge, cidadão americano residente no Brasil como professor da Escola das Nações, instituição de ensino para filhos de integrantes do corpo diplomático de Brasília. O encontro entre ambos aconteceu pois Raquel, que ansiava um mestrado na conceituada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, buscava um professor de língua inglesa. Ele deu-lhe aulas com foco em termos jurídicos. Já casada e mãe de dois filhos, um casal, Dodge transferiu-se temporariamente para os Estados Unidos e obteve seu mestrado. Eduardo e Sofia, seus filhos, atualmente residem nos Estados Unidos, onde são estudantes
Raquel Dodge teve atuações quase que temáticas no órgão. Em sua maioria, processos envolvendo a defesa dos direitos humanos, principalmente casos sobre trabalhadores em situação análoga à escravidão e violações aos direitos indígenas.
Dodge integrou a operação que investigou o esquadrão da morte comandado pelo ex-coronel e ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, na década de 1990, no Acre.
Em 2009, convidada pelo então procurador-geral Roberto Gurgel, coordenou a força-tarefa da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, responsável por investigar um esquema de corrupção que tinha, entre seus integrantes, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda[7].
Foi coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta. Atuou na equipe que redigiu o 1.º Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na 1.ª e 2.ª Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma.
Atualmente, integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo
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