Arlindo Chinaglia Junior (pronúncia AFI) Serra Azul, 24
de dezembro de 1949) é um médico e político brasileiro. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, é Deputado
Federal e
Presidente do Parlamento do Mercosul[1]. Presidiu a Câmara dos Deputados entre fevereiro de 2007 e
fevereiro de 2009.
Biografia
Graduado
em Medicina pela Universidade
de Brasíliacom especialização em Saúde
pública, presidiu a CUT e Sindicato dos Médicos, ambos do estado de São
Paulo.[2] Foi fundador
do Partido
dos Trabalhadores.
Foi eleito deputado estadual em 1990 e, pela quinta
legislatura consecutiva, é deputado federal. Destacou-se durante o
governo de Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002). Ficou conhecido como proponente de Comissões
Parlamentares de Inquérito.
Entre 2001
e 2002, exerceu o cargo de Secretário de Implementação das Subprefeituras, na
prefeitura de São Paulo.
Presidente da Câmara dos
Deputados
Na
legislatura 2007-2009 foi eleito presidente da Câmara dos
Deputados, prometendo combater os "detratores" do Congresso
Nacional. Disse à revista britânica The Economist: "quem quer que
ataque o Parlamento ...também ataca a democracia".[3] Ao deixar o mandato, pediu
desculpas aos deputados pelo excesso de rigor no comando da casa.[4]
Denúncias de Corrupção
O
deputado é suspeito de cobrar propina da Odebrecht em troca da liberação de uma
obra, segundo inquérito autorizado pelo ministro o STF Edson Fachin, e cujos valores chegaram a R$ 10
milhões. Os delatores da Odebrecth relataram
terem destinado pagamento um total de R$ 50 milhões a um grupo de quatro
parlamentares para auxiliarem a Odebrecht e Andrade Gutierrez a vencerem a licitação
da Usina
Hidrelétrica de Santo Antônio e aparar arestas com o governo
federal. Um dos nome era o de Chinaglia, na época presidente da Câmara dos
Deputados, que recebeu R$ 10 milhões; os outros eram o então deputado Eduardo Cunha (R$ 20 milhões}, o
senador Romero Jucá (R$
10 milhões), e o deputado Sandro Mabel (R$ 10 milhões). Os valores
seriam pagos pelas duas construtoras, de acordo com sua fatia no consórcio que
ganhou a licitação. Segundo os delatores, Chinaglia ainda reclamou em 2014 que
os valores não estavam sendo pagos. A Odebrecht acionou o "Setor de
Operações Estruturadas", conhecido como "departamento de propinas",
e destinou R$ 2,5 milhões ao deputado. Nas planilhas de pagamento de propinas
da empresa, o deputado era apelidado de "Grisalho". [5]
Ligações externas
Página do deputado na câmara (em português)
Referências
«Arlindo Chinaglia assume presidência do Parlamento do
Mercosul». Agência
Brasil - Últimas notícias do Brasil e do mundo
1. «Chinaglia tenta vencer Cunha e clima anti-PT para
presidir Câmara». BOL. 23 de janeiro de 2015
2. «Parliament or pigsty?». The Economist. 8 de fevereiro de 2007. ISSN 0013-0613
3. «Chinaglia se emociona em discurso de despedida».
Folha UOL. 2 de fevereiro de 2009
4. «Delação da Odebrecht: Arlindo Chinaglia é suspeito de
cobrar propina para liberar obra». Globo.com. 12 de abril de 2017. Consultado em 17 de abril de 2017
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