Fernando
Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1949),
mais conhecido como Fernando Collor, é um político brasileiro.
Foi o 32º Presidente do Brasil, de 1990 até renunciar
em 1992.
Filiado ao PTC, é Senador por Alagoas.
Preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado
Foi prefeito de Maceió de 1979 a
1982, deputado federal de 1982 a 1986, governador de Alagoas de 1987 a 1989
e o 32ºpresidente do Brasil, de 1990 a 1992. Renunciou
à presidência da República em 29 de dezembro de 1992, horas antes de ser
condenado pelo Senado por crime de
responsabilidade, perdendo os direitos políticos por oito anos.
Posteriormente, voltou às disputas eleitorais e, desde 2007, é senador por Alagoas.
Foi o
presidente mais jovem da história do Brasil, eleito aos quarenta anos de
idade, o primeiro presidente eleito por voto direto do povo, após o Regime Militar (1964/1985)
e o primeiro a ser afastado temporariamente por um processo de impeachment no
país. Sucedeu o presidente José Sarney,
nas eleições de 1989. Antes destas eleições, a última vez que o povo brasileiro
elegeu um presidente pelo voto direto, foi em 1960, com a eleição de Jânio Quadros.
Seu governo foi
marcado pela implementação do Plano Collor e
a abertura do mercado nacional às importações e pelo início de um programa
nacional de desestatização. Seu Plano, que no início teve uma boa aceitação,
acabou por aprofundar a recessão econômica, colaborada pela extinção, em 1990,
de mais de 920 mil postos de trabalho e uma inflação na casa dos 1200% ao ano;
junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o tesoureiro
de Collor, Paulo César Farias, feitas por Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando
Collor, culminaram com um processo de impugnação de mandato (impeachment). O
processo, antes de aprovado, fez com que o presidente renunciasse ao cargo em
29 de dezembro de 1992, deixando-o para seu vice Itamar Franco.[3]Collor
ficou inelegível durante oito anos.
Biografia
Filho de Leda Collor e de Arnon Afonso de Farias Mello (1911-1983),
deputado federal em 1950 e governador de Alagoas de
1951 a 1956. Após deixar o governo do estado, foi eleito senador por três mandatos
consecutivos (1962, 1970 e 1978). Em 1963, no prédio do Senado Federal, Arnon
de Melo matou seu colega José Kairala quando
tentava disparar à queima roupa em Silvestre Péricles de Góis Monteiro,
que supostamente também estava armado. Arnon de Melo não foi jamais formalmente
acusado pelo homicídio.
Seu irmão, o empresário Pedro Affonso Collor de Mello (1952-1994)
é o coautor do livro Passando a limpo - A trajetória de um farsante,
que retrata os bastidores do governo de
Fernando Collor de Mello.
O avô materno, Lindolfo Collor (1890-1942), foi
eleito deputado federal pelo Rio Grande do
Sul nos anos de 1923 e 1927, tornando-se um dos líderes
da Revolução de 1930 e sendo nomeado
por Getúlio Vargas o primeiro titular do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
do qual se afastou em 1932 ao romper com o presidente, tendo participado
da Revolução Constitucionalista daquele
ano. É primo do Ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, a quem indicou ao cargo
em 1990. Sua prima, Zélia Cardoso de Mello, foi ministra da Fazenda entre
1990 e 1991.
Educação
Collor nasceu na cidade do Rio de Janeiro, mas viveu a
infância e juventude entre as cidades de Maceió, Rio de Janeiro e Brasília em
razão da carreira política do pai. Concluiu seus estudos secundários na nova
capital federal e bacharelou-se em ciências econômicas em 1972 na Universidade Federal de Alagoas. Antes
de voltar ao Nordeste foi estagiário no Jornal do Brasil e
corretor de valores.
Retornou a Maceió em 1972 para dirigir o jornal Gazeta de
Alagoas; no ano seguinte tornou-se superintendente da Organização Arnon de Mello, complexo de
comunicação de propriedade da família. Assumiu a presidência do CSA e contratou Luiz Felipe Scolari como treinador da
equipe que se sagrou campeã estadual em 1982, naquela que foi a primeira experiência
do gaúcho como técnico de futebol.
Vida pessoal
e familiar
Fernando Collor e
a segunda esposa, Rosane Brandão Malta.
Em 1975, Fernando Collor casou-se com Celi Elizabeth Júlia Monteiro de Carvalho,
também conhecida como Lilibeth Monteiro de Carvalho, filha de Joaquim Monteiro
de Carvalho e herdeira do Grupo Monteiro Aranha, com quem teve dois
filhos: Arnon Afonso de Melo Neto (nascido em 1976) e Joaquim Pedro Monteiro de
Carvalho Collor de Mello (nascido em 1978).
Em 1980 teve um filho com a ex-amante Jucineide Brás da
Silva, Fernando, que se tornou vereador de Rio Largo,
município da Região Metropolitana de Maceió.
Casou-se pela segunda vez em 1984 com Rosane Brandão
Malta, filha de políticos alagoanos. Rosane foi a primeira-dama brasileira
enquanto o então marido estava no poder. Eles não tiveram filhos.
No início de 2006, Collor casou-se com a jovem arquiteta alagoana
Caroline Medeiros, com quem teve duas filhas gêmeas,
Cecile e Celine.
Casa da Dinda
O presidente
Fernando Collor faz sua tradicional caminhada nas proximidades da Casa da Dinda.
A mansão da família Collor de Mello em Brasília,
foi a escolha do então eleito presidente Fernando Collor de Mello como moradia
oficial na sua passagem pela Presidência da República. Fica localizada,
mais precisamente, na Quadra 10, Conj. 1, Casa 1, Setor de Mansões do Lago
Norte, Brasília (DF).
Anteriormente chamada de Casa Pirangi, quando o
ex-governador do Rio Grande do Norte Sílvio Pizza
Pedrosa passou a exercer o cargo de subchefe da Casa Civil nos
governos Juscelino Kubitschek e João Goulart,
construindo a residência no setor de mansões do Lago Norte, a mansão foi
comprada por Arnon Afonso de Farias Melo, em 1964.
Recebeu então o novo nome, Casa da Dinda, em homenagem à
avó de dona Leda Collor, mãe do ex-presidente e esposa de Arnon, então senador.
Fernando Collor escolheu a mansão como opção contra as
residências funcionais, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto,
que em sua concepção eram "escolha de marajás". Imediatamente se
tornou rota dos grupos turísticos e escolares, que compareciam aos montes nos
domingos, esperando-o deixar a mansão para fazer sua tradicional caminhada de
30 minutos.
Carreira política
Fernando Collor iniciou a carreira política na ARENA e foi declarado prefeito de Maceió em 1979 pelo então
governador Guilherme Palmeira, cargo ao qual renunciou em
1982, ano em que foi eleito deputado federal pelo PDS.
Votou a favor das Diretas Já em
25 de abril de 1984 e com a derrota dessa proposição, votou em Paulo Maluf no
Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985 para a eleição presidencial brasileira de
1985.
Filiou-se posteriormente ao PMDB e foi
eleito governador de Alagoas em 1986, na
esteira do sucesso do Plano Cruzado, quando os candidatos apoiados
pelo então presidente José Sarney venceram
em 22 dos 23 estados do Brasil, derrotando o candidato do PFL, o senador Guilherme Palmeira, o homem
que anos antes abrira as portas da carreira política.
"Caçador
de Marajás"
Durante a gestão empreendeu estrategicamente um combate a
alguns funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais.
Com vistas a angariar apoios na campanha presidencial que estava por vir, a
imprensa o tornou conhecido nacionalmente como "Caçador de Marajás". Orientado
por profissionais de marketing, anunciou com estardalhaço a cobrança de 140
milhões de dólares dos usineiros do estado para com o Banco do Estado de
Alagoas, havendo diversas repercussões positivas na imprensa. Entre uma disputa
e outra teve o mandato ameaçado ora por uma ameaça de intervenção federal no
estado (fruto da recusa em pagar os altos salários aos "marajás" após
a vitória destes em julgamento do Supremo Tribunal Federal), ora por um
pedido de impeachment devido ao programa de enxugamento da máquina administrativa
alagoana, feito à base de demissões de funcionários públicos e extinção de
cargos, órgãos e empresas públicas.
Campanha
presidencial
Graças a essa postura de "guardião da moral",
Collor fez uso de uma elaborada estratégia de marketing focada
nos temas que mais preocupavam a população. Segundo os jornalistas Mário Sérgio
Conti e Cláudio Humberto Rosa e Silva, o discurso reproduzia o que diziam os
institutos de pesquisa variando conforme a necessidade momentânea, fosse o
combate à corrupção ou a vertiginosa taxa de inflação,
por exemplo.
Em 21 de outubro de 1987 foi o único dos
governadores peemedebistas a
defender um mandato de quatro anos para o então presidente José Sarney, o que
anteciparia as eleiçõespara o ano seguinte, e dentro desse contexto sua
intenção de disputar o cargo passou de simples cogitação à intenção real.
Movimentou-se junto ao PMDB apresentando-se ora como candidato à vice-presidência numa
chapa encabeçada pelo senador Mário Covas,
ora tencionando a indicação do partido, mesmo que isso significasse enfrentar o
vetusto deputado federal Ulysses Guimarães. Em 1988 deu uma entrevista
para a Rádio JB afirmando ainda não ser candidato.
Fiel a sua estratégia rumo ao Palácio do Planalto, elegeu o governo Sarney como
responsável por todas as mazelas e descalabros político-administrativos que
assolavam o país naquele momento, postura que o levaria a deixar o partido e a
ingressar no PRN, sucessor do Partido da Juventude (PJ), e que o
levou a apresentar-se como candidato ao eleitorado brasileiro em 1989, através
de uma série bem elaborada de programas de televisão,
renunciando ao governo alagoano e escolhendo como seu Vice-presidente na chapa,
o senador mineiro Itamar Franco. Desde então, passou à condição
de alternativa conservadora às eleições daquele ano, cujo panorama apontava
dois nomes de esquerda como os preferidos do eleitorado: Leonel Brizola e Lula.
O papel da televisão em sua campanha
O sucesso eleitoral de Collor se deve em grande parte à
elaborada estratégia de marketing e ao fundamental papel da televisão. Alguns
comentaristas argumentam que a vitória de Collor nas urnas não seria possível
sem a interferência da Rede Globo, com destaque para uma edição do principal
debate entre Collor e Lula, veiculado no Jornal Nacional, cuja edição
beneficiou Collor. A influência da TV Globo nas eleições de 1989 foi tema do
documentário "Beyond Citizen Kane" (Muito Além do
Cidadão Kane), produzido por Simon Hartog,
em 1993 e tratada na biografia do jornalista Roberto Marinho,
escrita por Pedro Bial, em que o autor relata que o patriarca das Organizações Globo fixou-se inicialmente
em Jânio Quadros como o candidato a
presidente. Contudo, como o veterano político sul-mato-grossense radicado no estado
de São Paulo vivia
o ocaso de sua carreira política, Marinho fez nova opção pelo então governador
paulista Orestes Quércia, considerado um nome mais
palatável que os de Covas e
de Ulysses Guimarães. Entretanto, como as
articulações em torno de Quércia malograram, e tanto Covas quanto Guimarães
lançaram suas candidaturas em um cenário já favorável a Lula (uma ameaça
socialista aos interesses da sociedade) e Brizola (rejeitado por Marinho devido
a possibilidade de revogar sua concessão de TV caso eleito), a alternativa de
Marinho foi apoiar Fernando Collor – opção que, com o concurso de funcionários
do canal, teria resultado na edição tendenciosa do último debate presidencial
na TV Globo, de acordo com o Diretor de Jornalismo à época, Armando Nogueira,
embora a emissora e o próprio Collor neguem que tenha havido má-fé no caso.
Eleição
presidencial de 1989
Ver
artigo principal: Eleição presidencial brasileira de
1989
O presidente
Fernando Collor acompanhado do vice-presidente Itamar Franco,
chegando ao Palácio do Planalto.
Renunciou ao governo do estado de Alagoas em 14 de maio
de 1989, transferindo o cargo a Moacir Andrade. Em seguida, iniciou as
articulações para a formação de uma chapa viável de modo a compensar a
debilidade de sua origem política em um dos menores estados da federação e,
nesse contexto, fixou-se na escolha de um candidato a vice-presidente oriundo
do segundo maior colégio eleitoral do país, o estado de Minas Gerais,
escolha que recaiu sobre o senador Itamar Franco após
as recusas de políticos como Hélio Garcia e Júnia Marise.
Discreto ao longo de toda a campanha, seu candidato a
vice-presidente ameaçaria renunciar à candidatura por mais de uma vez mesmo
após a sanção da chapa na convenção nacional do PRN, fato que não chegou a
ocorrer. Durante a campanha, cerrou seu discurso no combate à corrupção e aos
altos índices de inflação, apontando ainda o governo Sarney como
inepto e chegando a classificar o então presidente como alguém
"corrupto, incompetente e safado", o que lhe custou um direito de
resposta no horário eleitoral e um processo por calúnia, injúria e difamação,
mas nada que impedisse sua ascensão ao primeiro lugar nas pesquisas de opinião,
embora Fernando Collor não tenha comparecido a nenhum debate promovido pelos
meios de comunicação durante o primeiro turno da eleição.
Sua performance, começando com 5% das intenções de voto
em pesquisas no início do ano,
cresceu exponencialmente conforme as eleições se aproximavam, confirmando a
viabilidade de sua candidatura, o que o credenciou a receber o apoio do
espectro político conservador como o do PFL, partido que aderiu em massa à sua
candidatura ainda no começo da campanha, embora tivesse Aureliano Chaves como
candidato oficial. Em 15 de novembro, recebeu 20.611.011 votos contra
11.622.673 dados a Lula e, assim, os dois candidatos passaram ao segundo turno
que se realizaria em 17 de dezembro. Além de Leonel Brizola - que perdeu a vaga
no segundo turno por uma diferença de aproximadamente 455 mil votos - ficaram
de fora da disputa políticos oriundos do estado de São Paulo como
Covas, Maluf, Guimarães e Guilherme Afif Domingos, dentre outros
listados na relação de mais de vinte postulantes ao Planalto, oriundos de
diferentes estados do país. Ao longo de um mês de campanha no segundo turno, as
forças políticas se reagruparam com vistas ao embate derradeiro e nisso Lula
recebe o apoio de Brizola, Covas, Guimarães e Roberto Freire, ao passo que Fernando
Collor contou com o eleitorado de Maluf e Guilherme Afif.
A sociedade civil também se manifestou: o candidato
do PT recebeu o apoio majoritário da
classe artística e intelectual, dos sindicatos, e dos movimentos sociais
organizados (como o MST), o candidato do PRN
foi apoiado pela classe de empresários, dos meios de comunicação e dos grandes
latifundiários, enquanto a Igreja Católica se dividiu entre os
candidatos. Com o decorrer da campanha, as pesquisas de opinião mostravam uma
diferença cada vez menor entre os concorrentes e com isso a postura de Collor
recrudesceu e atingiu seu ponto crítico quando o programa eleitoral do PRN
exibiu um depoimento de Míriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, que acusava o
petista de ter planejado o aborto de Lurian, filha do casal.
Paralelo a isso, associou o adversário ao comunismo ao
tempo em que a Cortina de Ferro ruía no leste europeu e
a União Soviética dava os primeiros sinais
de exaustão. A retórica de Collor ganhou consistência quando houve a queda
do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 e,
ainda, antes da eleição, o sequestro do empresário Abílio Diniz acabou
associado a grupos de esquerda interessados na vitória de Lula. Em meio a essa
efervescência, o candidato do PRN repetia à exaustão seu plano de governar para
os "descamisados" e os "pés descalços" (numa alusão ao
eleitorado mais humilde) de modo a fugir do estigma de "candidato da
elite".
Politicamente, o fiel da balança foi São Paulo pelo
tamanho do eleitorado e onde se esperava que Lula saísse com forte votação, mas
com uma forte estratégia de marketing apoiada pela Globo, como o caso sequestro
do empresário paulista Abilio Diniz pela esquerda, o resultado da TV sobre os
paulistas foi fundamental, mesmo que não tenha sido tão expressivo quanto o que
aconteceu em outros estados, como o Paraná,
que deu 90% de votação a Collor, que por sua vez retribuiu ajudando ao Grupo
Martinez criar a Rede OMde TV Nacional, a criação desta rede de TV, veio junto
com muita verba pública de publicidade, atores globais, Galvão e muitos
profissionais de renome atuaram para rede, que passou a transmitir a copa do
Brasil por exemplo, que é de grande audiência, todo este movimento, acabou por
desagradar os Marinho, que por fim fomentaram a sua derrubada nove meses após a
Rede OM virar uma rede nacional. Outro estado a votar maciçamente em Collor
foi Goiás,
que era reduto de outro candidato, Ronaldo Caiado,
(então no PSD, posteriormente
senador pelo DEM, ex-PFL), ligado aos ruralistas. Neste
estado, quase 70% dos eleitores votaram em Collor. As maiores diferenças
percentuais de votos a favor de Collor, curiosamente não vieram de seu estado
Alagoas.
Em uma eleição disputada, com a opinião pública dividida
principalmente entre Collor, Leonel Brizola, Lula, Mário Covas, Paulo Maluf, Guilherme Afif Domingos e Ulysses Guimarães, conseguiu liderar o primeiro
turno com 28,52% dos votos, levando a disputa ao segundo turno com Lula.
Conquistou a vitória com 50,01% dos votos, 5,71% a mais que o adversário
petista.
Collor assumiu a presidência aos quarenta anos e sete
meses de idade, o mais jovem político a assumir esse cargo na história das
Américas. Antes de sua posse, viajou aos Estados Unidos e
à Europa buscando
o apoio dos organismos financeiros internacionais à sua proposta de
renegociação da dívida externa brasileira, aproveitando também para expor seus
planos para a economia. Visando a integração do Brasil aos seus vizinhos
sul-americanos, viajou também para a Argentina e
o Uruguai.
Presidência
(1990-1992)
Ver
artigo principal: Governo Collor
Liberalismo no Brasil
Presidente Collor
discursando no Palácio do Planalto, em 1991.
Fernando Collor em
foto oficial como Presidente da República.
No governo Collor, os produtos importados passaram a
entrar no mercado brasileiro, com a redução dos impostos de importação.
A oferta de produtos cresceu e os preços de algumas mercadorias caíram ou se
estabilizaram. Os efeitos iniciais destas medidas indicavam que o governo
estava no caminho certo, ao debelar a inflação que havia atingido patamares
elevados no final da década de 1980 e
início da década de 1990, mas isso durou pouco tempo.[12] Ao
mesmo tempo, o governo passou a incentivar os investimentos externos no Brasil mediante
incentivos fiscais e privatização das
empresas estatais. No entanto, estes investimentos chegaram um pouco mais
tarde, dado o receio dos investidores frente à instabilidade econômica do país
naquele momento.
O processo de privatização
No Brasil, a concessão para exploração do sistema de
transportes, o fim da proibição da participação estrangeira nos setores de
comunicação, o fim do monopólio da Petrobras para
a exploração de petróleo e a privatização de setores estratégicos ligados
à energia e à mineração foram medidas adotadas em curto espaço de tempo no
contexto da aplicação do neoliberalismo.
O argumento favorável a essas políticas era que as
estatais eram improdutivas, davam prejuízo, estavam endividadas, eram cabides
de emprego, um canal propício à corrupção e sobreviviam somente devido aos
subsídios governamentais, enquanto as principais empresas privatizadas, como
são os casos da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional, eram
empresas lucrativas e competitivas.
Não eram poucas as críticas à venda do patrimônio
público. Uma delas apontava o fato de que o dinheiro arrecadado pelo Estado
brasileiro, através da privatização, havia sido emprestado pelo BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social). Isto é, o governo
financiou a juros baixos as empresas que ele próprio vendeu.
Os recursos captados com o processo de privatização
deveriam servir para diminuir a dívida pública – todas as dívidas do setor
público, incluindo governo (federal, estadual e municipal) e empresas estatais,
com empréstimos e emissões de títulos de dívida negociados a prazo e juros
definidos. No entanto, seu objetivo foi inviabilizado em pouco tempo. A
política de juros altos para conter a inflação e
atrair investimentos externos levou a uma elevação da dívida em valores
superiores aos conseguidos com a venda das empresas estatais.
Economia
O presidente
Fernando Collor fala aos ministros e líderes do governo durante reunião no
Palácio do Planalto.
Três planos separados para estabilização da inflação
foram implementados durante os dois anos do governo Collor. Os
dois primeiros, Plano Collor I e II, foram encabeçados pela ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello. Em maio de 1991, Zélia
foi substituída por Marcílio Marques Moreira, que instituiu um
plano epônimo, o "Plano Marcílio".
Plano Collor
No ano anterior ao início de seu governo a inflação
oficial medida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística alcançou a inacreditável cifra de
1.764%. Em razão desse flagelo, o presidente Collor elegeu como sua prioridade
a luta contra a espiral inflacionária através do chamado Plano Brasil Novo,
popularmente denominado de Plano Collor.[12] Ousado
em sua concepção, o referido plano era a quarta tentativa empreendida pelo
governo federal visando o combate à hiperinflação, três das quais empreendidas
ao longo do governo Sarney. A situação econômica do país era de tal modo
periclitante que a discussão não girava em torno da adoção de medidas na seara
econômica e sim quando (e como) tais medidas seriam implementadas. Disso surge
a primeira surpresa: na véspera de sua posse, Fernando Collor fez uma solicitação
ao governo Sarney para que fosse decretado feriado bancário, o que só aumentou
as especulações a respeito das medidas que seriam anunciadas.
Empossado numa quinta-feira, o governo Collor anunciou
seu plano econômico no dia seguinte à posse: anunciou o retorno do cruzeiro como
unidade monetária em substituição ao cruzado novo,
vigente desde 15 de janeiro de 1989 quando houve o último choque econômico
patrocinado por seu antecessor.[14] O
cruzeiro voltaria a circular em 19 de março de 1990 em sua terceira, e última,
incursão como moeda corrente nacional, visto que seria substituída pelo cruzeiro real em 1993. Além disso, as
medidas de Collor para a economia incluíram ainda ações de impacto como:
redução da máquina administrativa com a extinção ou fusão de ministérios e
órgãos públicos, demissão de funcionários públicos e o congelamento de preços e
salários (embora tenha sido em seu governo que os aposentados rurais tenham
conquistado o direito a um salário mínimo como benefício básico ao invés do
meio salário até então vigente).
A ministra da
Fazenda, Zélia Cardoso de Mello.
O plano foi anunciado em 16 de março de 1990, um dia após
a posse de Collor. Suas políticas planejadas incluíam: As medidas do Plano
Collor incluíam:
·
80% de todos os depósitos do overnight,
das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem a NCz$50mil (Cruzado novo)
foram congelados por 18 meses, recebendo durante esse período uma rentabilidade
equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano.
·
Substituição da moeda corrente,
o Cruzado Novo,
pelo Cruzeiro à razão de NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00
·
Alargamento da base de incidência do
Imposto sobre Operações Financeiras IOF, recaindo sobre todos
os ativos financeiros disponíveis , transações com ouro e ações e sobre todas
as retiradas das contas de poupança «Alteração da
base de tributação do IOF». www.planalto.gov.br.
·
Foram congelados preços e salários,
sendo determinado pelo governo, posteriormente, ajustes que eram baseados na
inflação esperada.
·
Eliminação de vários tipos de
incentivos fiscais: para importações, exportações, agricultura, os incentivos
fiscais das regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a criação
de um imposto sobre as grandes fortunas.
·
Indexação imediata dos impostos
aplicados no dia posterior a transação, seguindo a inflação do período.
·
Aumento de preços dos serviços
públicos, como gás, energia elétrica, serviços postais, etc.
·
Liberação do câmbio e várias medidas
para promover uma gradual abertura na economia brasileira em relação à
concorrência externa.
·
Extinção de vários institutos
governamentais e anúncio de intenção do governo de demitir cerca de 360 mil
funcionários públicos, para redução de mais de 300 milhões em gastos
administrativos.
Plano Collor II
O segundo Plano Collor iniciou-se em janeiro de 1991.[15] Ele
incluiu novos congelamentos de preços e a substituição das taxas de overnight com
novas ferramentas fiscais que incluíam no seu cálculo as taxas de produção
antecipada de papéis privados e federais.[16]
O plano conseguiu produzir apenas um curto prazo de queda
na inflação, volta a subir novamente em maio de 1991, atingindo 20%.[18]
Plano Marcílio
Marcílio Marques Moreira, que
substituiu Zélia Cardoso de Mello no Ministério da
Fazenda em 10 de maio de 1991.
Em 10 de maio de 1991, Zélia foi substituída no
Ministério da Fazenda por Marcílio Marques Moreira, um economista formado
pela Georgetown University que era embaixador
do Brasil nos Estados Unidos na época de sua nomeação.
Plano Marcílio foi considerado mais gradual do que seus
antecessores, utilizando uma combinação de altas taxas de juros e uma política
fiscal restritiva. Ao
mesmo tempo, os preços foram liberados e um empréstimo de US$2 bilhões do Fundo Monetário Internacional garantiram
as reservas internas.
As taxas de inflação durante o Plano Marcílio
permaneceram nos níveis da hiperinflação. Marcílio deixou o Ministério da
Fazenda ao seu sucessor, Gustavo Krause,
em 2 de outubro de 1992. O presidente Fernando Collor de Mello já havia
saído do governo devido ao impeachment pelo Congresso quatro dias antes, em 29
de setembro de 1992, por acusações de corrupção em um esquema de tráfico de
influência, marcando o fim das tentativas de seu governo de acabar com a
hiperinflação.
Entre o fim do Plano Marcílio e o começo do próximo
plano, o Plano Real, a inflação continuou a crescer, atingindo 48% em
junho de 1994.
Confisco das poupanças
O logotipo do
Governo Fernando Collor.
Um dos pontos importantes do plano previa o confisco dos
depósitos bancários superiores a Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros) por um
prazo de dezoito meses visando reduzir a quantidade de moeda em circulação,
além de alterações no cálculo da correção monetária e no funcionamento das
aplicações financeiras. Mesmo sendo o confisco bancário um flagrante
desrespeito ao direito constitucional de propriedade o plano econômico
conduzido pela Ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello foi aprovado pelo
Congresso Nacional em questão de poucos dias.
Segundo um artigo do acadêmico Carlos Eduardo
Carvalho, Professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo e coordenador do Programa de Governo da candidatura do PT
à Presidência da República em 1989, a medida política executada pelo Governo
Collor, que ficou conhecida como confisco, não fazia parte, originalmente,
do Plano Collor e foi gestada quase às
vésperas de sua implementação. O confisco já era um tema em debate entre os
candidatos à eleição presidencial: "A gênese do Plano Collor, ou seja,
como e quando foi formatado o programa propriamente dito, desenvolveu-se na
assessoria de Collor a partir do final de dezembro de 1989, depois da vitória
no segundo turno. O desenho final foi provavelmente muito influenciado por um
documento [de Luiz G. Belluzzo e Júlio S. Almeida] discutido na assessoria do
candidato do PMDB, Ulysses Guimarães, e depois na assessoria do candidato do
PT, Luiz Inácio Lula da Silva, entre o primeiro turno e o segundo. Apesar das
diferenças nas estratégias econômicas gerais, as candidaturas que se
enfrentavam em meio à forte aceleração da alta dos preços, submetidas aos
riscos de hiperinflação aberta no segundo semestre de 1989, não tinham
políticas de estabilização próprias. A proposta de bloqueio teve origem no
debate acadêmico e se impôs às principais candidaturas presidenciais [...]
Quando ficou claro o esvaziamento da campanha de Ulysses, a proposta foi levada
para a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, obteve grande apoio por
parte de sua assessoria econômica e chegou à equipe de Zélia depois do segundo
turno, realizado em 17 de dezembro".
O raciocínio era reduzir a quantidade de dinheiro
disponível na economia, para que as pessoas não tivessem como comprar,
controlando os preços. O congelamento das poupanças acabou não sendo bem
sucedida. Isso porque começou uma pressão, por meio de decisões judiciais, para
a liberação de parte do dinheiro confiscado em casos específicos, como pessoas
que precisavam do dinheiro de suas poupanças para pagar contas em hospitais.
“Para as pessoas envolvidas, a coisa foi dura, como para
uma pessoa que vendeu uma residência, colocou o dinheiro no banco, e não pode
comprar outra”, avalia Heron do Carmo, professor da faculdade de Economia da
USP.
Articulação
política
O presidente
Fernando Collor acena para a população, após a cerimônia de descida da rampa.
Oriundo de um estado politicamente pouco influente e
filiado a uma legenda de pouca tradição política, Fernando Collor de Mello, o
novo presidente, sentiu a necessidade de compor uma base de sustentação capaz
de permitir a implementação de seu programa de governo, ainda que o próprio
Collor não fosse afeito a ciceronear os parlamentares em seus contatos
políticos com vistas a aprovar os projetos de seu interesse. Tal
aversão criou um distanciamento entre o chefe do executivo e a maioria dos
parlamentares que lhe hipotecavam apoio, mas em regra seu governo contava com o
suporte de políticos do PFL, PDS, PTB, PL, de partidos conservadores de menor
vulto e dissidentes ocasionais.
Nas eleições de 1990 seus aliados venceram no Distrito
Federal e na maioria dos estados com destaque para o PFL que elegeu nove
governadores, seis dos quais no Nordeste. Tal desempenho compensou as derrotas
sofridas em grandes colégios eleitorais como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul, por exemplo. O curioso é que embora o PRN (partido de Fernando
Collor) tenha elegido dois senadores e quarenta deputados federais não fez
nenhum governador. No legislativo o PMDB manteve a maior bancada tanto na
Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal e com isso conservou o comando do
congresso para o biênio seguinte, situação em vigor desde o retorno dos civis
ao poder em 1985. Ao longo do ano de 1991 investiu grande parte de seu capital
político numa negociação destinada a levar o Partido da Social Democracia
Brasileira a integrar as fileiras situacionistas, negociação
malograda, sobretudo, ante as recusas de Mário Covas e Franco Montoro,
o então presidente nacional da legenda tucana.
Quanto à sua equipe as mudanças ocorreriam logo nas duas
semanas posteriores à posse quando Joaquim Domingos Roriz deixou a pasta da
Agricultura e em outubro de 1990 Bernardo Cabral foi
substituído no Ministério da Justiça pelo experiente senador Jarbas Passarinho.
No entanto, a mudança mais significativa viria em maio de 1991 quando o
embaixador Marcílio Marques Moreira assumiu o
Ministério da Economia confirmando o apreço de Collor por indivíduos de perfil
técnico e acadêmico em detrimento dos “políticos de carreira”, tendência que só
seria revertida em 1992 quando realizou duas reformas em sua equipe: uma em
abril e outra às vésperas de seu afastamento quando abriu espaço aos quadros
políticos conservadores.[10] O
curioso é que ao tomar posse o número de ministros nomeados por Collor era o
menor dos trinta anos anteriores a 1990 e dentre os agraciados com um cargo no
primeiro escalão estava o ex-jogador de futebol Artur Antunes Coimbra, o Zico, que deixaria o cargo
após um ano. Com o tempo o insucesso de sua política econômica e as frequentes
denúncias envolvendo seus auxiliares diretos (incluída a primeira-dama Rosane Malta,
presidente da Legião Brasileira de Assistência)
redundaram em um desgaste progressivo de seu governo.
Impeachment
Ver
artigo principal: Impeachment de Fernando Collor
Ver também: Esquema PC, Fora Collor,
e Caras-pintadas
Caras-pintadas durante
manifestação no Palácio do Planalto.
Em meados de 1991, denúncias de irregularidades começaram
a surgir na imprensa, envolvendo pessoas do círculo próximo de Fernando Collor,
como ministros, amigos do presidente e mesmo a primeira-dama Rosane Collor. Em
entrevista à Revista Veja em maio de 1992, Pedro Collor de Mello, irmão do presidente,
revelou o esquema de corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da campanha Paulo César Farias, entre
outros fatos comprometedores para o presidente. Em meio à forte comoção
popular, é instalada em 27 de maio uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
apurar a responsabilidade do presidente sobre os fatos divulgados. Em 1° de
junho, a CPI começa seus trabalhos com forte cobertura dos meios de
comunicação. A Revista IstoÉ publica em 1° de julho uma
matéria, confirmada na edição seguinte da revista (8 de julho), na qual
Eriberto França, motorista da secretária de Collor, revela que ele próprio
pagava as despesas pessoais do presidente com dinheiro de uma conta fantasma
mantida por Paulo César Farias, reforçando a tese do irmão
do presidente. Em
2 de setembro é aberto o processo de impeachment na Câmara dos Deputados proposto por Barbosa
Lima Sobrinho e Marcello Lavenére Machado, impulsionado pela maciça presença do
povo nas ruas, como o movimento dos Caras-pintadas.
Foto histórica de
1992, onde o presidente Collor deixa a presidência.
Em 29 de setembro, por 441 a 38 votos, a
Câmara vota pelo impeachment do presidente, que é afastado do cargo. A presidência
é assumida no dia 2 de outubro pelo então vice-presidente, Itamar Franco.
Em 29 de dezembro de 1992, Collor renunciou à presidência da República, horas antes de
ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade, tendo seus direitos
políticos suspensos por oito anos.
Foi a primeira vez na história republicana do Brasil que
um presidente eleito pelo voto direto era afastado por vias democráticas.
Popularidade
antes e depois do mandato
Segundo levantamento do instituto Datafolha em
março de 1990, quando Collor tomou posse, 71% dos eleitores tinham uma
expectativa de que o governo federal fosse "ótimo" ou
"bom". Três meses depois, em junho de 1990, esse percentual de Collor
já havia caído para 36%. No final, entretanto, a administração collorida foi
rejeitada (respostas "ruim" e péssimo") por 68% dos pesquisados.
Collor terminou o seu governo com apenas 9% de aprovação popular.[32]
Viagens e
acordos presidenciais
Em dois anos e nove meses de mandato, o presidente Collor
visitou 21 países. Dessas viagens destaca-se a assinatura para a criação
do Mercosul em
1991.
·
06 a 11.06.1990 - Viagem à Itália.
·
05 e 06.07.1990 - Visita à Argentina.
·
22.09 a 02.10.1990 - Participação da
abertura da XLV Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque e
da Cúpula Mundial pela Criança; visita à Cidade de Chicago e
à Universidade de Yale, em New Haven -
E.U.A., e a República Tcheca e Eslováquia.
·
11 a 13.10.1990 - Participação
em Caracas, Venezuela,
da IV Reunião de Presidentes do Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação
Política — Grupo do Rio, criado em 1986.
·
21 a 26.10.1990 - Visita a Portugal.
·
19 a 21.02.1991 - Visita à Estação
Antártica brasileira "Comandante Ferraz" na Ilha Rei George.
·
26 e 27.03.1991 - Participação em
Assunção, República do Paraguai, da cerimônia de assinatura do Tratado para a
Constituição do Mercado Comum do Sul — Mercosul.
·
14 a 19.05.1991 - Visita de Estado
ao Reino da Espanha.
·
03 a 06.06.1991 - Visita ao Reino da Suécia.
·
06 a 07.06.1991 - Visita ao Reino da Noruega.
·
17 a 21.06.1991 - Visita aos Estados Unidos.
·
17 a 19.07.1991 - Ausentou-se do País
onde participou da Reunião de Chefes de Estado ou Governo dos Países
Ibero-americanos, Espanha e Portugal -
I Cúpula Ibero-americana, em Guadalajara, México.
·
07 a 14.09.1991 - Visita aos Chefes
de Estado de Angola, Zimbábue, Moçambique e Namíbia.
·
20 a 23.09.1991 - Viagem a Nova Iorque.
·
01 a 03.12.1991 - Participação
em Cartagena das Índias, Colômbia,
na V Reunião de Presidentes do Mecanismo Permanente de Consulta e Concentração
Política, mais conhecido como Grupo do Rio.
·
10 a 13.12.1991 - Visita à Itália e
participação em Viena,
capital da Áustria, de cerimônia de assinatura do histórico Acordo
Quadripartite de Salvaguardas entre o Brasil,
a Argentina,
a Agência Brasil-Argentina de Controle de Material Nuclear - ABAC e a AIEA, na
sede da Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA.
·
25 a 28.06.1992 - Participação na 2ª
Reunião do Conselho do Mercado Comum do Sul, na cidade de Las Leñas,
Argentina.
·
22 a 26.07.1992 - Visita à Espanha.
·
17.08.1992 - Visita à Bolívia.
Pós-presidência
Período de
1993-2002
Collor foi sucedido pelo vice-presidente Itamar
Franco que exercia o cargo interinamente desde o afastamento provisório do
então presidente, em 2 de outubro. Em entrevista coletiva, Collor declarou que
a tentativa de renúncia se devia ao apreço pela democracia, ameaçada, segundo
ele, por uma "elite política avessa à necessidade de modernização do
país" e de poderio tão avassalador que teria levado Getúlio Vargas ao
suicídio em 1954 e Jânio Quadros à renúncia em 1961.
Depois ingressou no Superior Tribunal de Justiça visando
reaver o direito de exercer cargo público, preservado, conforme disse, pelo
fato de que sua renúncia ocorreu antes de aberta a sessão que decidiu pela
condenação, mas em dezembro de 1993 o STJ manteve-o inelegível e inapto ao
exercício de cargos e funções públicas por entender que a renúncia apresentada
à undécima hora não passou de um "ardil jurídico". Entretanto, em
julgamento realizado um ano depois, o Supremo Tribunal Federal arquivou o
processo contra Collor e Paulo César Farias,[33] acusados
do crime de corrupção passiva (placar de 5 a 3). Uma semana após essa decisão,
o ex-presidente recebia a notícia da morte do irmão Pedro Collor em 19 de
dezembro de 1994, vítima de câncer no cérebro,
tragédia que seria seguida de outra notícia infausta: o falecimento da mãe,
dona Leda Collor de Mello, vítima de broncopneumonia,
em 25 de fevereiro de 1995, ela que havia sido internada durante o curso dos
eventos que redundaram no afastamento do presidente.
Seis meses depois, Collor mudou-se para Miami, onde permaneceu até
1998 quando retornou ao Brasil. Nesse ínterim, um outro episódio rumoroso
envolveu outro personagem do governo: em 23 de junho de 1996, o ex-tesoureiro
de campanha, Paulo César Farias, foi encontrado morto em
Maceió ao lado da então namorada Susana Marcolino. O caso foi cercado de
controvérsias e recebeu maciça cobertura midiática. Apesar das dúvidas,
inconsistências e teorias conspiratórias, o laudo pericial divulgado pelas
autoridades locais o declarou vítima de crime passional cometido pela namorada,
que a seguir teria cometido suicídio.
Mesmo após ter sido negado pelo STF um novo recurso no
qual pleiteava a recuperação dos direitos políticos, Collor retornou ao Brasil
e, após algum tempo ensaiando um retorno à política, escolheu a cidade de São Paulo como domicílio eleitoral e
filiou-se ao inexpressivo Partido Renovador Trabalhista
Brasileiro (PRTB), pelo qual tentou uma candidatura a prefeito,
pretensão infrutífera devido ao fato de que a suspensão dos direitos políticos
perduraria até depois da eleição.
Fernando Collor em
sua posse no Senado(2007).
Eleições 2002
De volta a Alagoas, Fernando Collor disputou o governo
estadual em 2002 pelo PRTB e foi o 2° colocado com 419.741 votos (40,2% dos
válidos, à época),
tendo sido derrotado já no primeiro turno pelo governador reeleito Ronaldo Lessa (PSB), o qual obteve 553.035 votos (52,9%
dos válidos, à época).
Eleições 2006
Collor durante
campanha ao Senado, em 2006.
Em 2006, Fernando Collor foi eleito senador por Alagoas
com 550.725 votos (44,04% dos válidos, à época)[35] filiado
então ao Partido Renovador Trabalhista
Brasileiro (PRTB), porém migrando para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
logo no primeiro dia no Senado, vindo, dois anos depois, a ser eleito membro
da Academia Alagoana de Letras para
ocupar a cadeira de número 20.
Fernando Collor em
2008.
No dia seguinte à posse como senador, deixou o PRTB e
ingressou no PTB a convite do ex-deputado federal Roberto
Jefferson (RJ),
o presidente da legenda e um dos poucos parlamentares que lhe haviam prestado
em 1992 fidelidade durante o processo que redundou no seu afastamento da
Presidência da República.
No dia 8 de junho de 2007, recebeu o título de cidadão
da Paraíba,
outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado.
No dia 4 de março de 2009, tornou-se o presidente da
Comissão de Infraestrutura do Senado Federal. No dia 2 de setembro de 2009, foi
eleito membro da Academia Alagoana de Letras para
ocupar a cadeira de número 20, deixada pelo médico Ib Gatto Falcão, falecido no
ano anterior. Collor recebeu 22 dos 30 votos. A votação foi secreta. Oito
acadêmicos votaram em branco.
Em 10 de maio de 2010, anunciou a sua pré-candidatura ao
governo de Alagoas.
No fim do mês, é acusado de fazer campanha antecipada ao inaugurar 174 casas
populares em Coruripe, interior de Alagoas[40],
apesar de ser feito exclusivamente por prefeitos, governador e presidente da
República, configurando crime eleitoral.
Eleições 2010
Em 2010, lançou-se ao governo de Alagoas pela terceira
vez (a primeira vez em 1986, quando foi eleito, e a segunda em 2002, quando foi
derrotado por Ronaldo Lessa) pelo PTB apoiado por cinco
partidos (PRB, PSL, PHS, PMN e PTC). Em sua campanha, declarou apoio
a Dilma Rousseff, dizendo ser apoiado também por
ela e pelo então presidente Lula. Porém, seu jingle,
que possui o trecho "é Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor"
causou grande constrangimento na campanha do PT, que indicou o vice na chapa do
ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). A campanha de
Lessa interpelou judicialmente a campanha de Collor para que esta retirasse os
nomes de seus aliados do jingle.[Em
seguida, uma decisão do TRE-AL proibiu Collor de citar os nomes de Lula e de
Dilma em suas propagandas eleitorais. Apesar
de omitir ambos os nomes na nova versão, Collor deixou implícita a mensagem de
que Dilma e Lula o apoiam em Alagoas. "Não adianta, o povo sabe quem tá
apoiando quem. O povo tá decidido e vai apoiar também", dizia o novo
trecho.
A campanha de Collor ao governo estadual foi intensa.
Seus partidários organizaram o "Collor Já", movimento capitaneado
pela Juventude do PTB e pelo prefeito da cidade de Traipu,
Marcos Santos.[46] Por
outro lado, também foi forte o movimento "Fora Collor", liderado por
integrantes do Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral (MCCE) e dez sindicatos e entidades da sociedade
civil organizada.[46] Ambos
os movimentos se toparam na praça Sinimbú, no centro de Maceió, durante
manifestações no dia 11 de agosto.[46]A
Polícia Militar foi acionada para evitar um confronto entre os dois lados, que
trocavam acusações.[46] A
PM deteve duas pessoas por desordem, mas elas foram liberadas em seguida.[46] Durante
o episódio, o "Fora Collor" denunciou que cada pessoa do "Collor
Já" teria recebido R$ 50,00 para segurar faixas a favor do
candidato. Os dois indivíduos detidos pela PM admitiram ter recebido R$
20,00 para ajudar a segurar faixas.
A primeira pesquisa do Ibope indicou Lessa
1% à frente de Collor e 5% à frente do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB). Todos
os três candidatos estavam empatados em primeiro lugar, uma vez que a margem de
erro do levantamento era de 3% para mais ou para menos.O
instituto Gape, pertencente às Organizações Arnon de Mello, também divulgou no
mesmo dia uma pesquisa de intenção de voto para governador. Segundo
essa sondagem, Collor liderava a corrida pelo governo com vantagem de 15% sobre
Lessa, enquanto Teotônio conquistou a preferência de apenas 16% do eleitorado.[47] A
pesquisa foi contratada por outra empresa da família Collor, o jornal Gazeta de
Alagoas. Após
a divulgação das pesquisas, o coordenador do MCCE, Adriano Argolo,
entrou com representação na Justiça Eleitoral contra o Gape.
De acordo com o jornal O Globo, a divulgação da pesquisa
Ibope fez a campanha de Collor alterar a estratégia.[49] O
ex-presidente focou áreas dominadas pelo tráfico de drogas e com altos índices
de criminalidade e descartou sabatinas com setores mais esclarecidos da
sociedade, como universitários.
Fernando Collor veio a ser derrotado já no primeiro
turno. O segundo turno foi disputado entre os candidatos Teotônio Vilela Filho e Ronaldo Lessa,
ambos também ex-governadores de Alagoas.
Eleições 2014
Foto oficial de
Fernando Collor como Senador da República por Alagoas.
Em 2014, Fernando Collor foi reeleito senador por Alagoas com
689.266 votos, ou 55,69% dos votos válidos. A segunda colocada foi a
ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) teve 394.309 votos, o equivalente a
31,86% do total.[50] Durante
as últimas semanas da campanha para a reeleição ao Senado, Collor aproveitou os minutos de
propaganda eleitoral na televisão para relembrar projetos e conquistas que
viabilizou para o estado de Alagoas enquanto senador e presidente. Ele
percorreu municípios de todas as regiões do estado e promoveu caminhadas em
diversos bairros da capital alagoana.
Collor foi atacado por candidatos como Omar Coelho e
Heloísa Helena, que relembraram acusações de peculato, corrupção e falsidade
ideológica movidas pelo Ministério Público Federal em 2007. No entanto, ele
lembrou que fora absolvido de todas essas acusações, pelo Supremo Tribunal Federal.
Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato
do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal
Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por
solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.
Controvérsias
Problemas com
Rosane Collor
Em maio de 2010, Collor enfrenta novos problemas:
advogados da ex-mulher Rosane Collor afirmam que ela vai mudar de estratégia no
julgamento do processo de partilha de bens contra o ex-marido, previsto para
junho. Em vez de pleitear a divisão total, como faz desde a separação em 2005,
pedirá uma cota de participação nas Organizações Arnon de Mello, que é
legalmente a dona da maioria dos imóveis do ex.
Declarações
de Rosane Collor sobre magia negra
A ex-primeira-dama Rosane Collor,
logo após a separação em 2005,[fez
revelações de que o ex-presidente Fernando Collor participava de rituais
de magia negra na
mansão oficial do presidente, a Casa da Dinda.
Em
2006 ela diz sofrer ameaças por ser um "arquivo vivo": "Eu ia
para o lançamento de um disco evangélico e uma pessoa me disse por telefone que
se fosse ao evento, eu não voltaria", disse anos mais tarde.[Rosane
Collor foi além dizendo que os rituais feitos envolviam cemitérios e sacrifício de animais. Em
2008, durante entrevista à Folha Universal,
jornal semanal da Igreja Universal do Reino de Deus da
qual a ex-primeira dama faz parte, ela disse que Collor só recorria aos
supostos rituais sempre que alguém "fazia mal a ele", porque "na
visão de Collor tudo de ruim que mandassem para ele tinha que ser
devolvido."Em
2012, afirmou que lançaria uma biografia contando outros detalhes dos
acontecimentos que seriam os mais surpreendentes da história recente do Brasil.
Em 2014, a ex-primeira-dama Rosane Collor lançou
a autobiografia Tudo o Que Vi e Vivi pela editora LeYa, onde
narra os bastidores de sua vida com o ex-presidente, o impeachment sofrido por
ele em 1992 e rituais macabros de magia negra.
Denúncias de corrupção
Em março de 2015, durante o mandato como senador pelo PTB
de Alagoas, foi incluído na lista de 47 políticos investigados no inquérito
sobre a Operação Lava Jato.
Em 14 de julho de 2015, a Polícia Federal deflagrou
a operação Politeia com 53 mandados de busca
e apreensão em casas de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.
Collor teve três carros apreendidos: uma Ferrari, um Porsche e um Lamborghini,
que estavam estacionados na Casa da Dinda.[62].
Ele classificou a operação da Polícia Federal como “invasiva e arbitrária.
Em 24 de abril de 2017, a Polícia Federal concluiu um dos
inquéritos contra o senador no âmbito da operação Lava Jato e o acusou de
peculato – desvio de dinheiro público por meio de seu cargo – por ter
interferido para que a BR Distribuidora,
subsidiária da Petrobras, contratasse uma empresa que, posteriormente,
repassava recursos ao senador. O senador já é alvo de uma denúncia da Lava Jato
no STF, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro relacionadas ao esquema
de corrupção da Petrobras. Oferecida em agosto de 2015, no dia 15 de agosto de
2017, o STF aceitou a denúncia e o tornou réu pelos crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. Por
unanimidade, os ministros da Segunda Turma acompanharam o voto do relator do
caso, Edson Fachin. Votaram juntamente com ele Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Porém os ministros descartaram várias acusações feitas no processo, a exemplo
de peculato e obstrução de Justiça. A defesa do ex-presidente alegou que não há
provas nem de contrapartida.[64] Além
dessa denúncia, o senador também responde atualmente a seis inquéritos
relacionados ao esquema de corrupção na Petrobra
Publicações
Desde 1996, Collor mantém uma página na internet em
que é possível ler o primeiro capítulo de um livro de sua autoria intitulado
Crônica de um Golpe - A versão de quem viveu o fato. Sobre seus dias como
presidente, foram editados os livros Mil Dias de Solidão – Collor bateu e
levou, do jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva (porta-voz
quando presidente) e Passando a Limpo - A trajetória de um farsante, de autoria
do irmão, Pedro Collor, com redação da jornalista Dora Kramer.
Os bastidores do governo e do escândalo que derrubou Collor foram relatados no
livro "Todos os sócios do presidente", dos jornalistas Gustavo
Krieger, Luiz Antônio Novaes e Tales Faria.
As relações com a imprensa são o tema de Notícias do
Planalto, de Mário Sérgio Conti e o livro "A imprensa faz e desfaz um
presidente" de Fernando Lattman-Weltma. Há um depoimento também no livro
Os Segredos dos Presidentes de Geneton Moraes Neto, produzido pela equipe do
Fantástico.
O ex-presidente e atual senador Fernando Collor publicou
trinta livros, entre ensaios e coletâneas de seus discursos.
·
O Desafio de Maceió,
Sergasa/1981;
·
Maceió: Vinte Anos em Três,
Sergasa/1982;
·
Relato para a história: a verdade
sobre o processo do impeachment, SEEP/2007;
·
O Brasil está pronto para o
Parlamentarismo, e você?, SEEP/2007;
·
Parlamentarismo: apresentação da PEC
nº 31/07, que institui o Parlamentarismo no Brasil,
SEEP/2007;
·
O Parlamentarismo em dez questões,
SEEP/2007;
·
Meio Ambiente, Relações Exteriores e
Defesa Nacional, SEEP/2007;
·
Brasil – um projeto de reconstrução
nacional, SEEP/2008;
·
O Brasil aberto ao mundo: discurso de
posse na Presidência da República, SEEP/2008;
·
Uma proposta social-liberal, SEEP/2008;
·
Reforma política e sistemas de
governo, SEEP/2008;
·
“Caritas in veritate”: O amor na
verdade, SEEP/2009;
·
Se queres a paz, prepara-te para a
Democracia, SEEP/2009;
·
Acordo Brasil – Santa Sé,
SEEP/2009;
·
Discurso de posse na Academia
Alagoana de Letras, SEEP/2009;
·
Agenda 2009-2015: Desafios
Estratégicos Setoriais, Infraestrutura para Inovação e Desenvolvimento,
SEEP/2009;
·
Agenda 2009-2015: Desafios
Estratégicos Setoriais, Infraestrutura de Políticas Públicas,
SEEP/2009;
·
Agenda 2009-2015: Desafios Estratégicos
Setoriais, Marco Regulatório do Pré-sal, SEEP/2010;
·
Agenda 2009-2015: Desafios
Estratégicos Setoriais, Recursos Humanos para Inovação e Competitividade,
SEEP/2010;
·
Agenda 2009-2015: Desafios
Estratégicos Setoriais, Recursos Humanos para Inovação e Competitividade
Formação e Capacitação Profissional para a Infraestrutura – Relatório Final,
SEEP/2010;
·
Seminário Pré-sal : Marco
Regulatório e reflexos da descoberta no desenvolvimento do Nordeste,
SEEP/2010;
·
Diplomacia e Defesa: uma missão
constitucional ativa do Parlamento, SEEP/2011;
·
Lei de acesso à informação: o alerta
como missão, SEEP/2011;
·
Lei de acesso à informação pública,
questão de estado: o debate sem distorções, SEEP/2011;
·
Fernando Collor: discursos 2010,
SEEP/2011;
·
Rumos da política externa brasileira:
Economia e Finanças, Defesa Nacional, SEEP/2011;
·
Rumos da política externa brasileira:
Geopolítica e Relações Internacionais; SEEP/2011;
·
Rumos da política externa brasileira:
Temas da Agenda Internacional Política Externa Brasileira;
SEEP/2012;
·
A origem da Rio+20,
SEEP/2012.
Prêmios e honrarias
Em 1991, o UNICEF escolheu
três programas de saúde: agentes comunitários, parteiras e erradicação do sarampo como
o melhor do mundo. Estes programas foram promovidos durante o governo Collor.
Até 1989, a vacinação brasileira foi considerada a pior na América do Sul.
Durante a administração de Collor, o Brasil ganhou um prêmio da ONU, como o melhor da
América do Sul, por seu programa de vacinação. O projeto de Collor Minha Gente
(Meu Povo), ganhou o prêmio da ONU Modelo de Projeto para a Humanidade, em
1993.
Ordens
Brasileiras
·
Comendador
da Ordem do Ipiranga, SP (1981);
·
Comendador da Ordem do Mérito
Tamandaré (1982);
·
Ordem Nacional do Mérito -
Grande-Colar;
·
Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul -
Grande-Colar;
·
Ordem do Mérito Naval - Grã-Cruz;
·
Ordem do Mérito Militar - Grã-Cruz;
·
Ordem do Mérito Aeronáutico -
Grã-Cruz;
·
Ordem do Mérito Judiciário Militar -
Grã-Cruz;
·
Ordem de Rio Branco - Grã-Cruz;
·
Ordem do Mérito das Forças Armadas -
Grã-Cruz;
·
Ordem do Congresso Nacional -
Grande-Oficial;
·
Ordem Timbira do Mérito Judiciário do
Trabalho - Grão-Mestre;
Medalhas e
Comendas Brasileiras
·
Grande Medalha da Inconfidência - Minas Gerais;
·
Medalha Amigo da Marinha - Marinha;
·
Comenda Manoel André, Alagoas;
·
Medalha Centenário - Tribunal de Contas da União;
·
Medalha do Mérito Indigenista - Ministério da Justiça;
·
Boutouniére da Associação do Comércio
Americano - A.C.A;
·
Boutouniére do Rotary International -
Rotary Internacional;
Ordens
Internacionais
·
Ordem
de San Martin - Grã Collar, Argentina (1990);
·
Ordem do Mérito do Chile, Grã
Collar, Chile (1990);
·
Ordem da Águia Asteca - Grã Collar, México (1990);
·
Ordem
do Condor dos Andes - Grã Collar, Bolívia (1991);
·
Ordem Militar da
Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito - Grã-Cruz, Portugal (2
de Julho de 1991)[66];
·
Ordem
Nacional "Al Mérito" - Grã Collar, Equador (1990);
·
Ordem
ao Mérito Melitense - Collar, Malta (1990);
·
Ordem de Isabel a Católica -
Collar, Espanha (1991);
·
Mais
Nobre Ordem da Coroa do Reino - Grã Collar, Malásia (1991);
·
Grã
Mestre da Ordem Nacional do Mérito - Collar, Paraguai (1991);
·
Ordem
de Boyacá - Grã Collar, Colômbia (1991);
·
Ordem
"Amizade e Paz" de Primeiro Grau - Grã Collar - Moçambique (1991);
·
Ordem do Libertador - Collar, Venezuela (1990);
·
Ordem do Mérito da República Italiana -
Grã Collar, Itália (1990);
·
Ordem General José Estrada Batalha de
São Jacinto - Grã Collar, Nicarágua (1991).
Da redação om Wikipedia em 21/01/17
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