Luiz Marinho (Cosmorama, 20 de maio de 1959) é um político e sindicalista brasileiro. Foi ministro do Trabalho e Emprego e ministro da Previdência Social no
governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Foi prefeito de São
Bernardo do Campo entre 2009 e
2016.
Biografia
É casado com Nilza de Oliveira[1] e tem dois filhos. Bacharel em direito, foi metalúrgico na década de 1970, quando conheceu o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Seu primeiro e único registro em carteira é de julho de 1978, data em que foi contratado para trabalhar na seção de pintura da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP), onde também começou sua carreira sindical como membro da CIPA, cargo para o qual foi reeleito na gestão seguinte.
É casado com Nilza de Oliveira[1] e tem dois filhos. Bacharel em direito, foi metalúrgico na década de 1970, quando conheceu o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Seu primeiro e único registro em carteira é de julho de 1978, data em que foi contratado para trabalhar na seção de pintura da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP), onde também começou sua carreira sindical como membro da CIPA, cargo para o qual foi reeleito na gestão seguinte.
Carreira política
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Em 1984 foi
eleito tesoureiro do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC. Nas gestões seguintes assumiu os cargos de
secretário-geral e vice-presidente. Em 1996, foi eleito presidente do
sindicato, cargo para o qual foi reeleito mais duas vezes (1999-2002 e
2002-2003).
Como
sindicalista e negociador suas principais ações sindicais estão nas campanhas
contra as demissões no setor automotivo em 1998, entre elas, no protelamento e
diminuição em 10 mil cortes anunciados pela Volks e 2 800 da Ford.
Na década de
1990 um conjunto de fatores, entre eles, à abertura repentina e não
planejada da econômica brasileira no Governo Collor, a reestruturação produtiva
e tecnológica e os incentivos a industrialização do interior do País em
detrimento da dos grandes centros, acarretaram em mudanças e fechamentos de
indústrias das Regiões Metropolitanas, em especial, na de São Paulo, como foi o
caso da Brastemp de São Bernardo, e reestruturações
em outras como na Volkswagen a qual na década de 1970 detinha a marca de 45 mil
trabalhadores e atualmente emprega pouco mais de 13 mil com produção 3 vezes
superior.
Estas
mudanças produtivo-tecnológicas que acarretaram em seu processo, em desemprego
em massa nas Regiões Metropolitanas brasileiras, em especial nas de São Paulo,
Rio de Janeiro e Belo Horizonte, foram historicamente relacionadas aos
sindicatos, os quais em diversos momentos foram culpados erroneamente como
únicos responsáveis pela reestruturação industrial e "fuga de
empregos", tal fato encobre outros fatores importantes neste processo,
como os favorecimentos estratégicos dados históricamente pelos governos
federal, estadual e por cidades do interior na atração de novos investimentos
empresariais (mediante incentivos tributários, entrega de terrenos à
indústrias, criação de centros tecnológicos e incentivos a novos meios
logisticos) em detrimento de reenvestimentos nas grandes capitais industriais
do País.
De fato, para
o País, a redistribuição espacial da base industrial foi benéfica ao
desconcentrar das capitais o desenvolvimento, e proporcionar uma melhor
redistribuição de renda e consequente inclusão social, porém, não houve
equilíbrio no processo, o que acarretou a inúmeras dificuldades sociais,
econômicas e ambientais nas regiões metropolitanas, as quais, inchadas, com
milhões de habitantes, ainda hoje buscam processos de reestabilização
objetivando especialmente a diminuição do desemprego, da consequente violência
e principalmente, na manutenção econômica e qualitativa das cidades.
Neste
cenário, Luiz Marinho participou de duas lutas, indo ao exterior para mitigar
conflitos entre trabalhadores e capital: em Miami,
negociou com a direção mundial da Whirpool a extensão do prazo de fechamento da
fábrica da Brastemp em São Bernardo do Campo fechamento
este que acarretou posteriormente, apesar de greves de fome e outras
manifestações, na demissão de mais de 1.300 funcionários e, em Detroit, prorrogou a manutenção de postos de
trabalho da Ford. Em negociações com a cúpula da montadora conseguiu garantias
de emprego por cinco anos para os trabalhadores da unidade de São Bernardo e de
quatro anos para os da unidade de Taubaté.
Em julho de
1998, assumiu a coordenação do Mova - Movimento de Alfabetização Regional ABC,
que nasceu de uma parceria entre o Sindicato e a prefeitura de Diadema, em 1995, e se espalhou por todos os
municípios do ABC, onde já foram alfabetizadas mais de 77 mil pessoas.
Governo de São Paulo
Em 2002 foi
candidato a vice-governador do Estado de São Paulo, na chapa encabeçada
por José Genoino,
do Partido dos
Trabalhadores.
Central Única dos Trabalhadores
Em 7 de junho
de 2003 foi eleito presidente da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), quinta maior central sindical do
mundo, durante o 8º Concut - Congresso Nacional da CUT, com 74% dos votos dos
delegados presentes.
Entre 2003 e
2004 foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar
(Consea), responsável, entre outros projetos, pelos estudos que orientaram os
investimentos oficiais no crédito à agricultura familiar.
Como
presidente nacional da CUT, entre outras iniciativas, conduziu as negociações
voltadas para a implantação do crédito consignado - fator estratégico na
expansão no barateamento do crédito para os trabalhadores. E, junto com
lideranças de todas as centrais sindicais do país, iniciou, em 2004, a luta
pela recuperação do salário mínimo e pela formação da Comissão Quadripartite
encarregada da formulação de política para recuperação no longo prazo do poder
aquisitivo do salário mínimo.
Ministério do Trabalho
Em 12 de
julho de 2005 assumiu o ministro do Trabalho, no lugar do seu companheiro de
partido, Ricardo Berzoini,
e comandou uma negociação histórica com representantes de todas as centrais
sindicais para definir o valor do salário mínimo de 2006. Depois de várias
reuniões, chegou-se a um consenso e o piso nacional passou de R$ 300 para R$
350 - o que representa 13% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação
do período, o maior índice alcançado desde 1995 - e a antecipação do reajuste
para abril.
Ministério da Previdência Social
Em 29 de
março de 2007 assumiu o Ministério
da Previdência Social. Em 3 de junho de 2008 deixou o ministério
para concorrer à prefeitura de São Bernardo do Campo.
Em seu lugar assume, interinamente, o secretário-executivo do ministério, Carlos Eduardo Gabas.[2][3] O escolhido para sucedê-lo foi
o deputado federal José Barroso Pimentel (PT/CE).
Prefeitura de São Bernardo do Campo
Em 26 de
outubro de 2008 foi eleito prefeito de São Bernardo do Campo para
o mandato de 2009 a 2012 obtendo em segundo turno, 58,19% dos votos válidos,
superando em disputa acirrada, o deputado estadual Orlando Morando do (PSDB),
que obteve 41,89%.
Durante as
eleições municipais de 2008, teve apoio irrestrito e expressivo do então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do Governo Federal
como Dilma Roussef. No
segundo turno, recebe o apoio do antes candidato, Alex Manente do Partido Popular
Socialista assim como do também ex-candidato, Evandro de Lima
do Partido
Trabalhista do Brasil, consolidando a incorporação dos respectivos
partidos políticos na base de campanha. Este fato complementou o apoio da
Presidência da República. Consequentemente essa ampla base política,
proporcionou a vitória da coligação "São Bernardo de Todos" que ao
final, detinha 15 partidos e cujo mote de campanha, fora "Esta Mudança
Inclui Você!".
Destaca-se
ainda a participação do cantor popular e deputado federal Frank Aguiar do Partido
Trabalhista Brasileiro, seu vice-prefeito, cujo trabalho na condução
de grande parte da campanha nos bairros periféricos da cidade, em equipe, com o
ex-prefeito Maurício Soares,
proporcionou vantagem expressiva para com os adversários de campanha.
No dia 22 de
junho de 2010 os guardas da GCM de São Bernardo agrediram o repórter do programa
CQC, em um quadro em que se cobram soluções para problemas denunciados pela
população, ao ser questionado sobre essa agressão, pelo repórter
agredido(Danilo Gentili) o prefeito fez comentários questionando a veracidade
das marcas da agressão e fez comentarios irônicos em relação ao caso, mesmo com
toda a agressão estando filmada.
Prêmios
Entre os
reconhecimentos públicos, coleciona o Prêmio Destaque do Ano de 1999, concedido
pela revista Livre Mercado.
Também em
1999 foi apontado pela CNN-Time como uma das 50
lideranças latino-americanas para o novo milênio, em função da sua
negociação com a Volks que evitou a demissão de 10 mil trabalhadores
Fonte: Wikipedia em 20/03/18 – 06:36 HM
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