No mundo ideal, os partidos fariam suas convenções partidárias até a data-limite de 5 de agosto e lá lançariam suas chapas completas para a disputa pela Presidência da República.
Mas a realidade não é bem assim. A indefinição no quadro de alianças está empurrando a escolha dos vices e vários candidatos podem se ver obrigados a entrar na disputa em voo solo, para só lá na frente anunciarem quem serão seus companheiros de chapa.Esse é o dilema de Ciro Gomes (PDT), por exemplo, cuja convenção está marcada para sexta (20). Ele hoje flerta com alianças à esquerda, como o PSB, e à direita, como o DEM. Seus possíveis vices são nomes tão díspares quanto o empresário Benjamin Steinbruch (PP) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB).
Marina Silva (Rede), quase sem aliados, cogita o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, como vice.
Geraldo Alckmin já disse que sua preferência é por um vice do Nordeste, região onde ele tem seu pior desempenho nas pesquisas, mas não há uma definição sobre o posto ainda. O nome mais cotado é o do deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
O PT lançará a candidatura do ex-presidente Lula na convenção do partido, mas o petista deve ser declarado inelegível pela lei da Ficha Limpa. Logo, a discussão em torno do vice, que deverá assumir a cabeça de chapa, é ainda mais relevante. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner seguem favoritos.
Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que oficializará sua candidatura no domingo (22), já admitiu que não terá vice até lá. O vice dos sonhos de Bolsonaro era o senador evangélico Magno Malta (PR-ES), mas este já indicou que prefere tentar mais um mandato como senador. Agora, o general da reserva Augusto Heleno Pereira (PRP) passa a ser o mais cotado para a vaga de vice.
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