Em regime semiaberto, João Rodrigues diz que 'sai direto da cadeia para disputar as eleições' e aposta em recurso no Supremo para extinguir pena
Mesmo cumprindo prisão em regime
semiaberto, o deputado federal João Rodrigues teve seu nome aprovado na convenção
estadual do PSD em Santa Catarina para disputar um novo mandato na Câmara. A
candidatura, no entanto, ainda depende de decisão judicial para que possa ser
registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O parlamentar
foi condenado a cinco anos e três meses de reclusão em regime semiaberto pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) . Atualmente, Rodrigues tem
autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para trabalhar durante o dia na
Câmara dos Deputados.
Para
registrar a candidatura, João Rodrigues aguarda o julgamento, pelo STF, de
recurso contra sua condenação, no qual alega que o processo está prescrito e
que não houve danos ao Erário. O deputado foi condenado por fraude e dispensa
irregular de licitação para a compra de uma retroescavadeira, em 1999, quando
era vice-prefeito de Pinhalzinho, em Santa Catarina, e assumiu a prefeitura
interinamente por trinta dias.
“Eu não
pratiquei o crime, o meu processo é uma coisa absurda. O meu recurso não foi
aceito e foi expedido o mandado de prisão imediatamente”, disse o deputado. “O
STF não reconheceu meu recurso, mas o relator [ministro Luiz] Fux
pediu minha absolvição por não ter danos ao Erário. O processo está prescrito,
não há outro resultado a não ser a extinção dele”, completou Rodrigues.
Segundo o
deputado, a expectativa é que o julgamento do recurso seja pautado no retorno
das atividades da Suprema Corte, em recesso até o dia 1º de agosto. “Sou um
presidiário hoje, mas vou disputar eleição. Saio direto da cadeia para disputar
as eleições”, afirmou o parlamentar.
O PSD
homologou na convenção de sábado o nome de doze candidatos a deputado federal e
28 a deputado estadual.
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