Empresas
explicaram trabalho que executam para combater notícias falsas
Integrantes do Conselho
Consultivo sobre Internet e Eleições se reuniram nesta segunda-feira (22), na
sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com representantes de agências de
checagem de informação (fact-cheking), de
redes sociais e de aplicativos on-line com a finalidade de conhecer a atuação
dessas empresas na prevenção e no combate à disseminação de notícias falsas. O
encontro também teve como objetivo receber sugestões dos participantes de
medidas contra a propagação das chamadas fake
news no segundo turno do pleito.
“Chamamos as empresas [de checagem de informações] e as
plataformas para agradecer o trabalho que está sendo feito. E também para
solicitar que eles envidem esforços naquilo que é real, naquilo que é possível,
até o dia da votação no segundo turno”, destacou o coordenador do Conselho
Consultivo e secretário-geral da Presidência do TSE, Estêvão Waterloo, em
entrevista a jornalistas após o encontro.
O coordenador salientou
que o problema da propagação das chamadas fake
news, por meio das redes sociais e aplicativos, é um fenômeno complexo que
merece atenção da sociedade e de entes públicos e privados. Estêvão Waterloo
informou que todas as sugestões feitas pelos representantes das empresas
durante suas explanações individuais serão avaliadas e poderão ser acolhidas
pelo Conselho Consultivo.
Também ressaltou que todos devem se empenhar para desmascarar as
notícias falsas, substituindo-as pela realidade dos fatos. Segundo ele, é
preciso ampliar a participação das redes sociais, dos órgãos que integram o
Conselho Consultivo e de outras instituições, num esforço conjunto para que se
dê velocidade à divulgação de informações verdadeiras. O coordenador avaliou
como positivo o trabalho realizado até o momento por todos os envolvidos no
combate às notícias falsas.
Em explanações proferidas na reunião, os representantes das
empresas Facebook, Twitter, Google, do aplicativo WhatsApp e de serviços de
checagem de notícias Fato ou Fake, Agência Lupa, Aos fatos, Boatos.org,
E-farsas, entre outros, informaram sobre ações desenvolvidas para evitar a
proliferação das fake news nas eleições deste ano. Os representantes dos
serviços de checagem entregaram uma lista de sugestões ao coordenador do
Conselho Consultivo para aprimorar a verificação de informações propagadas na
internet, redes sociais e aplicativos.
No dia 10 de outubro, o
Conselho Consultivo já havia se reunido para fazer um balanço de suas
atividades, debater o impacto das fake
news no primeiro turno das eleições e apresentar propostas para
combater a disseminação de notícias falsas durante o segundo turno do pleito.
Composição e atribuições
Composição e atribuições
O Conselho Consultivo é constituído por 14
integrantes. Nele, há representantes da Justiça Eleitoral, do Ministério
Público, do Ministério da Defesa, do Ministério da Justiça, do Departamento de
Polícia Federal, do Ministério da Ciência e Tecnologia, entre outros órgãos
públicos, e da sociedade civil.
Segundo a portaria que o
instituiu, as atribuições do Conselho Consultivo são: desenvolver pesquisas e
estudos sobre as regras eleitorais e a influência da internet nas eleições, em
especial o risco das fake news e
o uso de robôs na disseminação das informações; opinar sobre as matérias que
lhe sejam submetidas pela Presidência do TSE; e propor ações e metas voltadas
ao aperfeiçoamento das normas.
O Conselho Consultivo funciona junto ao gabinete da presidente
do TSE, e a participação de seus integrantes não é remunerada.
Presenças
Além dos representantes de redes sociais, aplicativos e sites e
agências de checagem de notícias, compareceram à reunião de hoje o ministro do
TSE Admar Gonzaga, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, bem
como representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa, da
Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), do Ministério da
Ciência e Tecnologia, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), da SaferNet
Brasil e da Fundação Getúlio Vargas.
Veja a íntegra da
Portaria TSE nº 949, que instituiu o Conselho Consultivo sobre
Internet e Eleições.
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