Ministro acompanhou a totalização dos votos no TSE e criticou ataques à Justiça Eleitoral durante as eleições
Toffoli
acompanhou a apuração dos votos da eleição para presidente da República na sede
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na companhia de autoridades, entre elas
ministros do STF. Logo após o anúncio oficial da vitória de Jair Bolsonaro, ele
participou da coletiva de imprensa ao lado da presidente da Corte Eleitoral,
ministra Rosa Weber, e de outros convidados.
O presidente
do STF pediu união aos cidadãos brasileiros, e disse que o momento requer
serenidade e combate ao radicalismo e à intolerância. Ele destacou que é
preciso assegurar a pluralidade política do país e a liberdade em suas diversas
formas, dentre elas, a liberdade de imprensa e expressão, de opinião e
consciência política, de crença e culto, de identidades e convivência
harmoniosa entre diferentes formas de viver e conviver.
O ministro
defendeu a pluralidade e a diversidade no seio da sociedade, afirmando que é
por meio delas que se constrói uma grande Nação. “Passadas as eleições, a
sociedade, suas instituições e seus Poderes devem voltar a se unir para pensar
no desenvolvimento do país”, ressaltou. “O Brasil tem de retomar o caminho do
desenvolvimento, gerar empregos, recobrar a confiança, retomar o equilíbrio
fiscal, reduzir as desigualdades sociais e regionais e criar condições para
atender às necessidades básicas da nossa população, tão sofrida e tão
esperançosa”.
Guardiã da Democracia
O ministro
parabenizou a Justiça Eleitoral por cumprir seu papel de guardiã da democracia
brasileira, a despeito de todos “os ataques mentirosos e injustos” que sofreu
durante o processo eleitoral. Agradeceu também o povo brasileiro, segundo ele
“o grande protagonista destas eleições”.
Para
Toffoli, apesar de dividida por uma eleição fortemente polarizada, a
nação compareceu tranquilamente às urnas para renovar a democracia. “O eleitor
brasileiro decidiu e elegeu o seu futuro presidente da República. Desejo aos
candidatos eleitos, Jair Bolsonaro e General Mourão, os votos de que atuem com
a responsabilidade necessária para o desempenho da grave e elevada missão de
presidir a nação brasileira".
Citando o
artigo 3º da Constituição Federal, Toffoli rememorou os objetivos fundamentais
da República, entre os quais o de construir uma sociedade livre, justa e
solidária, e o de garantir o desenvolvimento nacional com redução das
desigualdades e o de combater todas as formas de discriminação. “Esses são os
objetivos fundamentais da Nação brasileira, dos quais o chefe do Estado deve
não apenas respeitar, mas pautar e direcionar suas ações concretas”, destacou.
E complementou: “Uma vez eleitos, o presidente da República e o vice-presidente
passam a ser os representantes de toda a Nação, e não apenas dos seus
eleitores. É preciso respeitar aqueles que não lograram êxito em se eleger e
também a oposição política que se formará”.
O
presidente do STF conclamou os Poderes da República e a sociedade civil a
celebrar um grande pacto nacional em busca das reformas fundamentais que o País
precisa, entre elas as reformas previdenciária, tributária e fiscal e da
segurança pública. “Com o devido diálogo, devem ser construídos acordos e
realizadas as reformas dentro de um quadro de segurança jurídica. Saibam todos
que o Poder Judiciário, por meio do Supremo Tribunal Federal, seguirá com a sua
missão de moderador dos eventuais conflitos sociais, políticos e econômicos,
garantindo a paz social, função última da Justiça”, concluiu, ao falar pelos
demais ministros da C
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