11 fevereiro 2019

Saiba que foi - Ricardo Boechat

Falecido nesta segunda (11/02/19) Boechat deixa uma herança inesquecível para imprensa brasileira
Ricardo Eugênio Boechat (Buenos Aires13 de julho de 1952 – São Paulo, 11 de fevereiro de 2019) foi um jornalistaapresentador e radialista, brasileiro. Já esteve presente nos principais jornais do país, como O GloboO DiaO Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Foi também diretor de jornalismo na Band, trabalhou como âncora em diversos jornais do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Ganhador de três prêmios Esso, Boechat teve uma coluna semanal na revista ISTOÉ. Morreu em 11 de fevereiro de 2019, vítima de um acidente de helicóptero na cidade de São Paulo.



Biografia
Filho de um diplomata brasileiro, nasceu na capital argentina enquanto o pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores.

Morte O jornalista Ricardo Boechat morreu na queda do helicóptero que caiu na manhã do dia 11 de Fevereiro de 2019 no Rodoanel, em São Paulo. A informação foi confirmada pelo governo do estado. Além de Boechat, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo do piloto da aeronave carbonizado
Carreira
Iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Também nessa época, iniciou sua carreira como colunista, colaborando com a equipe de Ibrahim Sued. Em 1983, foi para o jornal O Globo. Em 1987, ocupou por seis meses a secretaria de Comunicação Social no governo Moreira Franco (1987-1991). Após o período voltou para O Globo.

Controvérsias
Escândalo no setor de telefonia 
Ao participar de reportagens na guerra pelo controle das companhias telefônicas no Brasil, teve sua participação citada em reportagem publicada na revista Veja em junho de 2001. O colunista foi demitido de O Globo e da Rede Globo, onde tinha uma coluna no Bom Dia Brasil quando a revista publicou trecho de um grampo telefônico em que revelava ao jornalista Paulo Marinho o conteúdo das matérias que foram publicadas pelo jornal. A decisão dos diretores da empresa foi unânime. Eles alegaram que o comportamento do jornalista feria o código de ética da empresa.Marinho trabalhava para Nelson Tanure, principal acionista do Jornal do Brasil e aliado da TIM, empresa que disputava o controle da Telemig Celular e Tele Norte Celular em confronto com o banqueiro Daniel Dantas.

O escândalo revelou alguns dos métodos empregados nas guerras pelo controle das companhias telefônicas, na qual ocorriam grampos a jornalistas, notícias plantadas e envolvimento de grupos poderosos. Flagrado nesses grampos, a situação ficou insustentável na Globo. Nos últimos anos antes da demissão, o jornalista, com sua coluna em O Globo, a mais lida do jornal, transformou-se num dos mais influentes jornalistas do país. Também deu início ao primeiro escândalo de quebra do sigilo do painel do Senado Federal, quando, em 2000, revelou falhas de segurança no painel do Senado. Pouco depois, disse que a senadora Heloísa Helena teria traído o Partido dos Trabalhadores em votação que cassou o mandato do senador Luís Estêvão. Antes da demissão, deixou claro ter uma cópia da lista de votação. Mesmo assim (ou por isso), ele não foi inquirido pelo Conselho de Ética do Senado por não ser político.

Discussão com Silas Malafaia 
Em 19 de junho de 2015, Boechat e o pastor Silas Malafaia protagonizaram uma discussão de grande repercussão. Tudo começou quando no dia 17 de junho, o jornalista decidiu comentar em seu programa na rádio BandNews FM, sobre a 'onda de crimes causada pela intolerância religiosa', afirmando que: "Os evangélicos são uma massa monumental de brasileiros, sempre ficam muito sensíveis quando se faz alguma crítica que generalize a abordagem. E nesse sentido, eu quero deixar bem claro que essa crítica é uma crítica muito dirigida a pastores e algumas igrejas neopentecostais, e alguns grupos específicos dentro de algumas agremiações religiosas que estão estimulando e levando a cabo ações de hostilidade contra outras religiões, especialmente as religiões de origem africana". Esse trecho despertou a fúria de Silas Malafaia, que sentiu-se ofendido e, através do Twitter, escreveu que o jornalista estava falando asneira e também o chamou de idiota. Ao ver as mensagens do pastor, enquanto falava ao vivo pela BandNews FM Fluminense, Boechat resolveu responder às acusações: "É no âmbito de igrejas neopentecostais que estão acontecendo atos de incitação a intolerância religiosa, mais do que em outros ambientes". 
Silas Malafaia passou o dia escrevendo mensagens a Ricardo Boechat, além de ter gravado um vídeo para retrucar o jornalista. No vídeo ele acusa Boechat de perder a linha, dizendo que ele não foi imparcial aos ataques contra os cristãos na Parada Gay de São Paulo. O pastor também ameaçou processar o jornalista, bem como desafiou Boechat para um confronto cara a cara em algum programa. Malafaia também acusa o jornalista de não ter moral e alegou que a mãe da menina atacada na saída do terreiro seria frequentadora da sua igreja. Para completar, diz que Boechat “dá chilique no microfone quando não gosta de alguma coisa”. Ele também reafirmou que iria intimar o jornalista na Justiça.

Da redação com Wikipedia

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