Bibi Ferreira, nome artístico de Abigail Izquierdo Ferreira; (Rio de
Janeiro, 1 de junho de 1922 - Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2019), foi uma atriz, cantora, compositora e diretora brasileira, de ascendênciaportuguesa, espanhola e argentina. Era filha do ator Procópio
Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Morreu no início da tarde do dia 13 de fevereiro de 2019, em seu apartamento, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Biografia
Filha do ator carioca Procópio Ferreira, e da bailarina portenha Aída Izquierdo, também era neta paterna dos portugueses Francisco Firmino Ferreira e Maria de Jesus Quental, ambos oriundos da Ilha da Madeira. Seus bisavós portugueses, pais de seu avô Francisco, também oriundos desta Ilha, são: Manuel Ferreira e de Rosa de Jesus. Pela parte materna, é neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo. Seus bisavós madrilenhos, pais de sua avó Irma, são: José Carlos Queirolo e Petrona Sallas.
Filha do ator carioca Procópio Ferreira, e da bailarina portenha Aída Izquierdo, também era neta paterna dos portugueses Francisco Firmino Ferreira e Maria de Jesus Quental, ambos oriundos da Ilha da Madeira. Seus bisavós portugueses, pais de seu avô Francisco, também oriundos desta Ilha, são: Manuel Ferreira e de Rosa de Jesus. Pela parte materna, é neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo. Seus bisavós madrilenhos, pais de sua avó Irma, são: José Carlos Queirolo e Petrona Sallas.
Bibi
foi casada seis vezes. Seu primeiro matrimônio durou
dez anos, e foi realizado em 29 de setembro de 1943, na capital paraguaia, Assunção,
com o diretor Carlos Martins Lage. Desquitaram-se em 1953, no Rio de Janeiro.
Em 1954 uniu-se pela
segunda vez, com o ator Armando
Carlos Magno, primo de Pascoal Carlos Magno. Desta união, teve sua
única filha, Tereza Cristina Izquierdo Magno, nascida em 20 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro. Em 1955 o casal
separou-se.
Em 1956 uniu-se com o
ator Herval Rossano, de quem se separou em 1958. De 1963 a 1965, viveu junto
com Édson França, e de 1966 a 1967 morou com o
ator Paulo Porto.
Seu
último casamento durou oito anos, de 1968 a 1976, com o ator Paulo Pontes.
A atriz ficou viúva em 27 de dezembro de 1976. Manteve outros
relacionamentos ao longo de sua vida, mas não quis mais casar-se novamente.
A
artista esteva internada para cuidar de uma desidratação. Morreu, aos 96 anos,
do coração.
Carreira
início Fez
sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de
autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que
desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após os pais se
separaram e Bibi passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia
Velasco, uma companhia de teatro de
revista espanhola. Seu primeiro idioma, até os quatro anos, foi
o espanhol. O idioma português e o grande amor
pela ópera ela
viria a aprender com o pai.
De
volta ao Brasil, tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro.
Entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do
Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do
pai. Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha
de um ator de teatro. Completou o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.
Sua estreia
profissional nos palcos aconteceu em 28 de fevereiro de 1941,
quando interpretou "Mirandolina", na peça La locandiera.
Em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo
alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau.
Pouco mais tarde, foi para Portugal, onde dirigiu peças
durante quatro anos, com grande sucesso
Carreira em Portugal Participou
em várias peças em Portugal com grande sucesso, principalmente teatro de
revista, entre as quais:
·
1957 - "Há Horas Felizes!" - Teatro
Variedades[3]
·
1957 - "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória[4]
·
1958 - "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória[5]
·
1958 - "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória[6]
·
1958 - "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória[7]
·
1959 - "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória
·
1959 - "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória
·
1960 - "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória
Década de 1960
Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como Minha Querida Dama (My Fair Lady), estrelado por Bibi e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, iniciou a apresentação na TV Excelsior de São Paulo, de Brasil 60 (61, 62, 63, etc, conforme o ano), um programa ao vivo, que durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.
Década de 1970
Bibi Ferreira participou, atuando ou dirigindo, de alguns dos grandes espetáculos teatrais e musicais montados no Brasil. Em 1970, dirigiu Brasileiro, Profissão: Esperança, de Paulo Pontes (foi numa das versões desse espetáculo que pela primeira vez dirigiu a cantora Maria Bethânia, na outra versão dirigiu Clara Nunes); em 1972, atuou em O Homem de La Mancha ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, além das versões de Chico Buarque e Ruy Guerra para as canções; em 1975, participou de Gota d'Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes; em 1976, dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em Deus Lhe Pague, de Joracy Camargo.
Década de 1980
Na década de 1980, dirigiu de textos comerciais a peças de dramaturgia sofisticada, de musicais de grande porte a dramas intimistas. Em 1980, dirigiu Toalhas Quentes, de Marc Camoletti; em 1981, Um Rubi no Umbigo, de Ferreira Gullar, e Calúnia, de Lillian Hellman. No mesmo ano, com sua produção e direção, estreou O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência. Em 1983 voltou aos palcos com Piaf, a Vida de uma Estrela da Canção, espetáculo de grande sucesso de público e crítica. Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP) e Governador do Estado. O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.
Dirigiu ainda inúmeros programas de televisão e shows de artistas da música popular brasileira, como Maria Bethânia e Clara Nunes nos anos 70 e 80.
Década de 1990
Nos anos 90, Bibi Ferreira reviveu seus maiores sucessos, remontando Brasileiro, Profissão: Esperança e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de Piaf. Em Bibi in Concert, comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o Bibi in Concert 2. Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Encenou Roque Santeiro, de Dias Gomes, em versão musical. Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera, Carmen de Georges Bizet. Em 2003, na Marquês de Sapucaí recebeu homenagem da Escola de Samba Unidos do Viradouro.[11]
Década de 2010
Na década de 2010, Bibi começou a realizar espetáculos focados em apenas um artista, como a francesa Edith Piaf, a portuguesa Amália Rodrigues, e o americano Frank Sinatra.[12] Em 2007, após 50 anos afastada do teatro de comédia, volta aos palcos fazendo Às Favas com os Escrúpulos, texto de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares
Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.
Aos 95 anos faz sua turnê de despedida com Bibi - Por Toda Minha Vida, espetáculo só com músicas brasileiras.
Morreu aos 96 anos, em 13 de fevereiro de 2019, de parada cardíaca, na cidade do Rio de Janeiro.
Morte
Morreu no início da tarde do dia 13 de fevereiro de 2019, aos 96 anos de idade, em seu apartamento, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Filmografia
Filmes | ||||
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Ano | Título | Papel | ||
2011 | Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão | Ela Mesma | ||
1984 | Marquesa de Santos | Dona Carlota Joaquina | ||
1956 | Leonora dos Setes Mares | |||
1949 | Almas Adversas | Zefa / Georgina | ||
1947 | O Fim do Rio | Teresa | ||
1936 | Cidade-Mulher |
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