15 fevereiro 2019

Sérgio Moro como ministro da Justiça é um risco para ele e para o Brasil, diz The Economist

"Para alguns brasileiros, Moro sempre será condenado por ter parecido agir à margem da lei em sua busca por Lula. Para muitos outros ele é um herói", diz a revista


Imagem: The Economist
Ele está apenas dez minutos atrasado, o que pelas normas do capital do Brasil equivale a ser precoce. No entanto, Sérgio Moro pede desculpas profusamente, explicando que foi chamado para uma reunião com congressistas. A polidez e um ocasional sorriso de menino são marcas registradas que ele destacou como o juiz mais adepto de mídia do Brasil. Eles não devem ser mal interpretados. Há uma calma indiferença em relação a Moro, que trancou uma cadeia de pesos pesados ​​políticos e empresariais por corrupção, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-presidente ainda popular.

Tendo assim ajudado a impedir que Lula fosse candidato nas eleições presidenciais do ano passado, Moro controvertidamente aceitou um trabalho de seu vencedor, Jair Bolsonaro, um incendiário que admira os ditadores militares. Ele dirige um ministério da justiça reforçado, encarregado também da segurança pública, da polícia federal e de uma agência anti-lavagem de dinheiro anteriormente alojada no Ministério das Finanças. Sua missão é fazer com que o governo federal aplique o mesmo zelo que exercia em seu tribunal na luta contra a corrupção e o crime organizado e violento. É uma causa popular. Mas há riscos, tanto para sua reputação quanto para o Brasil.
Traduzido para o português via Translate

Matéria oroginal em inglês
He is only ten minutes late, which by the norms of Brazil’s capital amounts to being early. Yet Sérgio Moro apologises profusely, explaining that he was called to a meeting with congressmen. The politeness and an occasional boyish smile are trademarks he deployed as Brazil’s most media-adept judge. They should not be misread. There is a quiet steeliness to Mr Moro, who locked up a string of political and business heavyweights for corruption, including Luiz Inácio Lula da Silva, a still-popular former president.

Having thus helped to prevent Lula from being a candidate in last year’s presidential election, Mr Moro controversially went on to accept a job from its winner, Jair Bolsonaro, a firebrand who admires military dictators. He heads a beefed-up justice ministry, in charge also of public security, the federal police and an anti-money-laundering agency previously lodged in the finance ministry. His mission is to get the federal government to apply the same zeal as he did in his courtroom to the fight against corruption and organised and violent crime. It is a popular cause. But there are risks, both for his reputation and for Brazil.

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