Em entrevista ao jornal
Folha de S.Paulo, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) faz duras
críticas ao presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, não poupando sequer a
equipe econômica liderada por Paulo Guedes; Alckmin diz que Bolsonaro (PSL) e
sua equipe não têm um plano e fazem o "país perder tempo"
Alckmin destaca que o Brasil tem 13,2 milhões de desempregados e não tem
agenda de produtividade. "O Brasil não cresce, ficou caro para quem vive
aqui, e tem dificuldade de exportação. Onde está essa agenda? Cadê a reforma
tributária, fiscal? Eles não têm uma agenda e a única proposta é voltar com a
CPMF, que é um imposto ruim, em cascata, que onera as cadeias produtivas".
O ex-governador também critica a política externa ideologizada.
"Uma ideologização, que não é da velha, é da antiga, da antiquíssima
política. Precisa dizer para ele que o Muro de Berlim caiu faz quase 30
anos".
O ex-governador diz que Bolsonaro recorre ao oportunismo de "querer
se aproveitar enfraquecendo as instituições" (...) "Temos é que
melhorá-las. Não é estigmatizando que vai avançar".
Alckmin também dá alfinetadas no seu sucessor João Doria, hoje empenhado
em pavimentar o terreno para se candidatar a presidente da República em 2022:
"Quem não tiver paciência cívica não pode fazer política. Não nasci ontem.
Então: paciência cívica".
Nenhum comentário:
Postar um comentário