Euclides em desenho a nanquim bico-de-pena, por Cândido Portinari. 1944. |
“Ontem, quando, soberba, escarnecias
Dessa minha paixão, louca, suprema,E no teu lábio, essa rosa da algema,
A minha vida, gélida prendias…Eu meditava em loucas utopias,
Tentava resolver grave problema…
_ Como engastar tua alma num poema?
E eu não chorava quando tu te rias…
Hoje, que vives desse amor ansioso
E és minha, só minha, extraordinária sorte,
Hoje eu sou triste, sendo tão ditoso!
E tremo e choro, pressentindo, forte
Vibrar, dentro em meu peito, fervoroso,
Esse excesso de vida, que é a morte…”
A poesia sempre acompanhou Euclides da Cunha em toda a sua trajetória de vida conturbada. Acima, o soneto que escreveu em 1890, para Saninha, (Anna de Assis), sua mulher:
Postado do Artenafrede
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