Baseado na poesia de
Manuel Bandeira, Vou embora pra Pasárgada.
Vou embora para
alhures
Não gosto de ser
amigo de “rei”
Nem de ter qualquer
mulher
Mas a cama escolherei
Vou embora para
alhures
Vou embora para
alhures
Aqui não estou feliz
A vida passou a ser
aventura
Muita gente
inconsequente
Políticos
raivosos, “dementes”
Querendo
ser “linha dura”
Só
pensam “ferrar” a gente
Como
não me adapto
Com
gente deste estado
Chegando
a ser “doente”
Vou
embora pra alhures
Pois
comigo é diferente
Não
gosto de caminhadas
Não
gosto de lugar quente
Mas
gosto de animais
São
eles que alegram a gente
Água
adoro e curto
Mas
sem lama, sem lodo
E
de jeito transparente
Iemanjá
é minha mãe
Mesmo
sem sol no poente
Pois
o sol é sempre lindo
Não
existe sol diferente
Levo
comigo a poesia
Linda
mulher ao meu lado
Pras
horas de devaneios
Não
nego pois é verdade
Por
ela brigo e mato
Sem
ela me torno carente
Vou
embora para alhures
Em
alhures quero encontrar
Pessoas
iguais a mim
Ao
meu lado só gente boa
Não
gosto e nem sou ruim
Já
trabalho quando quero
Lá
também será assim
Se
um dia der saudades
Será
dos amigos que deixo
Dos
sujos quero distância
Não
me interessa o desleixo
Fazer
média e ser falso
Prá
mim não é certo, não
Prefiro
os simples, honestos
Que
um “rei” demente, ladrão
Não
me importa o ouro que ostentam
Às
custas do pobre povão
Desculpem
por ser sincero
Esta
é minha razão
(Amorim Sangue Novo)
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