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15 janeiro 2020
Não confunda tristeza com depressão
Confira aqui as diferenças
Perder um parente ou amigo querido, ser demitido de um emprego. Esses motivos
podem deixar qualquer um triste.
Mas como saber se a tristeza é, na
verdade, um caso de depressão? Tristeza
e depressão são iguais?
Para leigos, tristeza e depressão podem ser sinônimos,
mas não são.
A Tristeza é
um sentimento geralmente passageiro (como uma mágoa ou luto), é considerado
saudável e até importante pois ajuda na elaboração das perdas ou sofrimentos
ocasionais. Ela faz parte da vida. É natural.
A Depressão é
uma situação de adoecimento. É uma tristeza que não acaba mais. E vem com
outros sintomas, como apatia, angústia, ansiedade, desesperança, entre outras.
Leia também: Tratamento de depressão na gestação
A doença do século, muitas vezes é confundida com um
sentimento de tristeza, e entender as diferenças é fundamental para o
diagnóstico precoce.
Por isso nesse artigo iremos abordar as principais
diferenças. São elas:
DuraçãoEnquanto a tristeza dura algumas horas ou até alguns dias, a depressão, sem o tratamento certo, pode durar meses ou anos.
Na verdade, uma
pessoa é considerada com depressão quando a tristeza dura mais de 6 meses.
IntensidadeA tristeza é um sentimento normal e não afeta a sua produtividade. Você consegue cumprir as tarefas e responsabilidades do dia a dia, mesmo que com um pouco menos de vontade e de mau humor.
Já no caso da depressão,
o sentimento ruim não passa e afeta vários aspectos da vida: saúde, trabalho,
relacionamentos, família e vida social. Em casos mais sérios, pessoas com
depressão podem até pensar em suicídio.
Causas
A causa da tristeza geralmente
é alguma experiência dolorosa, frustrante, infeliz, estressante, como a perda
de um familiar, um divórcio, o desemprego, uma doença grave ou o rompimento de
uma amizade
Já no caso da depressão,
não é necessário passar por algum momento dramático, lamentável ou doloroso. A
depressão é resultado da interação entre vários fatores: genética, mudanças
neurobiológicas, aspectos da personalidade (baixa autoestima ou pessimismo) e
fatores ambientais (como exposição à violência, à negligência ou à pobreza).
Sinais e sintomas Essas são as principais diferença entre depressão e tristeza
Enquanto tristeza dura
algumas horas ou até alguns dias, o mesmo não acontece com a depressão, que pode causar vários sinais e
sintomas.
As principais são:
·
Sentir falta de vontade de fazer
coisas que antes nos davam prazer
·
Perder ou ganhar peso sem ter
feito alterações na dieta;
·
Ter problemas com sono (dorme-se
pouco ou muito);
·
Ter explosões de raiva, mesmo por
motivos bobos;
·
Estar sempre cansado sem razão,
com pouca energia ou lento;
·
Sentir dificuldade para se
concentrar, memória ou para tomar decisões;
·
Ter sentimento de culpa ou de
inutilidade;
·
Pode-se pensar, com frequência,
na morte
Se a tristeza não passa,
e começam a surgir os sentimentos citados acima, saiba que esse é um sintoma
claro de depressão.
Os sintomas podem aparecer ou desaparecer de maneira
sutil e quase imperceptível, mas é importante saber que eles podem
voltar. A depressão é doença séria e
assim deve ser tratada.
Como você pode ver, as diferenças são notáveis entre a
tristeza e a depressão, mesmo que uma seja um sintoma da outra.
Como tratar? A tristeza por ser comum da natureza humana, não necessariamente demandará tratamento. Porém, quando recorrente, o acompanhamento psicológico pode auxiliar no fortalecimento emocional, minimizando o sentimento e contribuindo assim para a reconquista do bem-estar.
Já na depressão,
por se tratar de uma doença psicossomática, é indicado que exista
acompanhamento psiquiátrico e psicológico. O psicólogo auxiliará nas questões
emocionais, oferecendo acolhimento e diminuindo os prejuízos que decorrem dos
sintomas do quadro. Tudo isso contribui para uma melhor saúde mental. Por outro
lado, o psiquiatra avaliará
a necessidade do suporte medicamentoso para a estabilização do organismo,
diminuindo a manifestação dos sintomas físicos a curto prazo.
É importante você saber que a depressão tem tratamento e, na
maioria dos casos, cura.
Então, se acha que você ou alguém que conhece pode
estar com o problema, o melhor a fazer é procurar
um profissional de saúde mental.
Ele fará uma avaliação e talvez peça alguns exames,
até para descartar outras possibilidades. Depois do diagnóstico, você será
encaminhado para o tratamento, envolve terapia e/ou o uso de medicamentos.
É importante a aderência ao tratamento já que este é
longo a fim de se obter cura e melhora da qualidade de vida.
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