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07 junho 2021

Irmãos Weintraub dizem ter sido infectados por "cepa agressiva" da COVID

O ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub e o irmão dele, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, postaram vídeo em suas rede sociais para divulgar que contraíram "uma cepa agressiva" da Covid-19 

ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub e o irmão dele, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, postaram vídeo em suas rede sociais para divulgar que contraíram "uma cepa agressiva" da Covid-19 e tiveram o pulmão comprometido.

Atualmente os irmãos moram nos Estados Unidos, mas Arthur passou a ser alvo da CPI da Covid-19 por ser apontado como o idealizador do "gabinete paralelo", investigado pela comissão parlamentar como um grupo de aconselhamento paralelo ao Ministério da Saúde na definição de ações de combate ao vírus.

A convocação de Arthur já foi aprovada pela CPI, mas a data não foi definida, já que o ex-assessor reside em território americano. Ele foi indicado a um cargo na OEA (Organização dos Estados Americanos) pelo governo Bolsonaro.

Ao lado do irmão, o ex-ministro da Educação inicia o vídeo dizendo que eles foram afetados por uma variante do vírus mais violenta que a inicialmente encontrada pelos médicos, sem especificar qual.

"Basicamente, a gente pegou Covid, uma cepa bem agressiva, não foi a normal. Aparentemente foi essa nova e inclusive o Arthur, eu, as nossas esposas, inclusive as crianças pegaram. Eu e o Arthur fomos os casos mais graves pelo perfil da doença, homem adulto. Tivemos o pulmão comprometido", afirmou Abraham.

Segundo Arthur, os irmãos estavam se preparando para tomar a vacina da Pfizer, mas tiveram que desistir em razão do aparecimento dos sintomas da doença.

"A gente estava vendo qual era a vacina que ia tomar. A gente tinha decidido pela Pfizer, que é a que mais se toma aqui nos Estados Unidos. No começo do mês passado, quando fui tomar, começaram aqueles sintomas. Não achei que fosse Covid, de início estava mais tranquilo, era uma febre alta. Quando vi, não tomei, não se pode tomar a vacina com o risco de estar com a Covid. Isso foi no dia 12 de maio. E a gente, enfim, não pôde tomar e ficamos com a doença", disse.

"A gente está se recuperando ainda, não está 100%", completou o ex-assessor da Presidência.

Na quinta-feira (3), reportagem da Folha mostrou como lives de aliados de Bolsonaro detalharam a suposta atuação do "gabinete paralelo" que assessora o governo federal no combate à pandemia da Covid-19.

Detalhes da concepção e funcionamento desta estrutura, à margem do Ministério da Saúde, são descritos em duas lives realizadas entre Weintraub e o anestesista Luciano Dias Azevedo, um dos médicos mais influentes entre defensores do chamado "tratamento precoce" contra a Covid.

Postado no Notícias ao Minuto - Editado por Amorim Sangue Novo

20 março 2021

Pandemia: senadores cobram ações e elevam tom das críticas ao governo federal

Após a morte do senador Major Olimpio (PSL-SP), terceiro membro do Senado a falecer devido à covid-19, vários senadores foram às redes sociais nesta sexta-feira (19) cobrar a intensificação das medidas de combate à pandemia. Os parlamentares destacaram a necessidade de união, de decisões firmes e de cobrança ao governo federal.


O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID-19), afirmou que o mundo inteiro passa por desafios neste momento e alguns países desenvolveram ações eficazes contra a disseminação da doença. Para ele, o Brasil precisa aprender com os casos bem-sucedidos. 

— Temos que copiar as boas experiências do mundo para encarar a pandemia. Não precisamos inventar a roda. Ninguém sabe nada dessa doença, ela é nova. O que temos de fazer é ir aprendendo com os outros.

Confúcio citou o caso de Portugal, que chegou a ter algumas das taxas mais altas de contaminação do mundo, mas depois teve sucesso ao instituir um lockdown nacional no início do ano. O resultado foi a redução na pressão sobre a rede hospitalar.

O líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), relatou que na última reunião de lideranças do Senado, na quinta-feira (19), alguns colegas afirmaram que a situação chegou ao limite.

— Houve apelos emocionados de diversos deles por uma solução. A maioria está consciente de que vivemos uma tragédia. Estamos com o país à deriva. Precisamos corrigir os rumos com urgência.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Humberto Costa (PT-PE), alertou para o risco de falta de medicamentos e insumos para a intubação de pacientes de covid-19, situação que é iminente em algumas regiões do país. Para ele, o Ministério Público precisa atuar “de forma preventiva”, fiscalizando os hospitais.

Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Fabiano Contarato (Rede-ES) também chamaram atenção para esse cenário e apontaram “falta de comando” do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro.

— Se Bolsonaro não for afastado com urgência, o Brasil assistirá a uma carnificina inimaginável. Estancar sua sabotagem e inoperância é questão de sobrevivência: um ato de legítima defesa — disse Contarato no Twitter.

Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina no Senado, divulgou uma carta aberta em que acusa o governo federal de não ter coordenação ou plano contra o avanço da pandemia. Na mensagem, ela cobra a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado que funcione como um “instrumento de pressão”.

— Audiência pública não basta. Comissão de acompanhamento é importante, mas não suficiente. De pouco adianta apenas acompanhar quem navega à deriva. É preciso, é urgente, uma mudança de rumos.

A CPI foi proposta no início do mês pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Até a tarde desta sexta-feira (19), ela contava com o apoio de 32 senadores, entre assinaturas físicas e virtuais — o mínimo necessário para a instalação são 27. Major Olimpio também havia assinado o requerimento antes da sua internação (Randolfe apresentou um requerimento para que a assinatura do colega seja mantida, inclusive como forma de homenagem).

Os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também fizeram críticas ao governo federal, cobrando “competência e humildade” do presidente Jair Bolsonaro e uma política “séria e comprometida” do Ministério da Saúde. Para Eliziane, o presidente apresenta “falta de comando” e contribui para a desordem.

Já Alessandro destaca que o país deveria adotar medidas como lockdown e auxílio financeiro a trabalhadores e empresários, além de avançar no plano de vacinação. No entanto, ressalta ele, tudo isso é dificultado pela postura do presidente.

— Tem solução. Mas infelizmente temos na Presidência da República um cidadão absolutamente incapaz de compreender questões básicas. As escolhas políticas erradas de Bolsonaro custam vidas, em especial por causa do negacionismo em relação às vacinas. Esses crimes não serão esquecidos.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu moderação e colaboração. Ele defendeu mais rapidez na aquisição de vacinas e informou que organiza — junto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco — uma reunião entre representantes dos três poderes federais, governadores e prefeitos.

— É preciso sentar à mesa, retirar as questões ideológicas, deixar as paixões políticas de lado e construir um planejamento para o melhor enfrentamento da pandemia, envolvendo todos os entes da federação — escreveu Bezerra no Twitter.

Fonte: Agência Senado