Confira aqui as diferenças
Perder um parente ou amigo querido, ser demitido de um emprego. Esses motivos
podem deixar qualquer um triste.
Mas como saber se a tristeza é, na
verdade, um caso de depressão? Tristeza
e depressão são iguais?
Para leigos, tristeza e depressão podem ser sinônimos,
mas não são.
A Tristeza é
um sentimento geralmente passageiro (como uma mágoa ou luto), é considerado
saudável e até importante pois ajuda na elaboração das perdas ou sofrimentos
ocasionais. Ela faz parte da vida. É natural.
A Depressão é
uma situação de adoecimento. É uma tristeza que não acaba mais. E vem com
outros sintomas, como apatia, angústia, ansiedade, desesperança, entre outras.
Leia também: Tratamento de depressão na gestação
A doença do século, muitas vezes é confundida com um
sentimento de tristeza, e entender as diferenças é fundamental para o
diagnóstico precoce.
Por isso nesse artigo iremos abordar as principais
diferenças. São elas:
DuraçãoEnquanto a tristeza dura algumas horas ou até alguns dias, a depressão, sem o tratamento certo, pode durar meses ou anos.
Na verdade, uma
pessoa é considerada com depressão quando a tristeza dura mais de 6 meses.
IntensidadeA tristeza é um sentimento normal e não afeta a sua produtividade. Você consegue cumprir as tarefas e responsabilidades do dia a dia, mesmo que com um pouco menos de vontade e de mau humor.
Já no caso da depressão,
o sentimento ruim não passa e afeta vários aspectos da vida: saúde, trabalho,
relacionamentos, família e vida social. Em casos mais sérios, pessoas com
depressão podem até pensar em suicídio.
Causas
A causa da tristeza geralmente
é alguma experiência dolorosa, frustrante, infeliz, estressante, como a perda
de um familiar, um divórcio, o desemprego, uma doença grave ou o rompimento de
uma amizade
Já no caso da depressão,
não é necessário passar por algum momento dramático, lamentável ou doloroso. A
depressão é resultado da interação entre vários fatores: genética, mudanças
neurobiológicas, aspectos da personalidade (baixa autoestima ou pessimismo) e
fatores ambientais (como exposição à violência, à negligência ou à pobreza).
Sinais e sintomas Essas são as principais diferença entre depressão e tristeza
Enquanto tristeza dura
algumas horas ou até alguns dias, o mesmo não acontece com a depressão, que pode causar vários sinais e
sintomas.
As principais são:
·
Sentir falta de vontade de fazer
coisas que antes nos davam prazer
·
Perder ou ganhar peso sem ter
feito alterações na dieta;
·
Ter problemas com sono (dorme-se
pouco ou muito);
·
Ter explosões de raiva, mesmo por
motivos bobos;
·
Estar sempre cansado sem razão,
com pouca energia ou lento;
·
Sentir dificuldade para se
concentrar, memória ou para tomar decisões;
·
Ter sentimento de culpa ou de
inutilidade;
·
Pode-se pensar, com frequência,
na morte
Se a tristeza não passa,
e começam a surgir os sentimentos citados acima, saiba que esse é um sintoma
claro de depressão.
Os sintomas podem aparecer ou desaparecer de maneira
sutil e quase imperceptível, mas é importante saber que eles podem
voltar. A depressão é doença séria e
assim deve ser tratada.
Como você pode ver, as diferenças são notáveis entre a
tristeza e a depressão, mesmo que uma seja um sintoma da outra.
Como tratar? A tristeza por ser comum da natureza humana, não necessariamente demandará tratamento. Porém, quando recorrente, o acompanhamento psicológico pode auxiliar no fortalecimento emocional, minimizando o sentimento e contribuindo assim para a reconquista do bem-estar.
Já na depressão,
por se tratar de uma doença psicossomática, é indicado que exista
acompanhamento psiquiátrico e psicológico. O psicólogo auxiliará nas questões
emocionais, oferecendo acolhimento e diminuindo os prejuízos que decorrem dos
sintomas do quadro. Tudo isso contribui para uma melhor saúde mental. Por outro
lado, o psiquiatra avaliará
a necessidade do suporte medicamentoso para a estabilização do organismo,
diminuindo a manifestação dos sintomas físicos a curto prazo.
É importante você saber que a depressão tem tratamento e, na
maioria dos casos, cura.
Então, se acha que você ou alguém que conhece pode
estar com o problema, o melhor a fazer é procurar
um profissional de saúde mental.
Ele fará uma avaliação e talvez peça alguns exames,
até para descartar outras possibilidades. Depois do diagnóstico, você será
encaminhado para o tratamento, envolve terapia e/ou o uso de medicamentos.
É importante a aderência ao tratamento já que este é
longo a fim de se obter cura e melhora da qualidade de vida.