Por Amorim Sangue Novo
Esta frase, que uso tanto e
que também é título desta postagem é de Confúcio, que foi um pensador e filósofo chinês. Ele
sublinhava uma moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos
nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Enfim, um cara que já sabia,
lá no passado oriental, que se desenvolvêssemos nosso talento com harmonia e
satisfação, estaríamos elevando o labor ao patamar dos prazeres e ainda
seríamos remunerados por isto, se me permitem esta livre interpretação.
Trabalhar naquilo que valoriza a satisfação pessoal é mais um quesito para escolher uma carreira. Além de pesar as viabilidades, a remuneração, tem que ponderar se vai gostar muito de fazer aquilo, porque será por muitos anos, todos os dias da vida. Parece óbvio, mas este pensamento é muito moderno, apesar de Confúcio ter vivido em quinhentos e poucos anos antes de Cristo. Os jovens de hoje nem imaginam entrar no mercado de trabalho por onde não tenham grandes afinidades e satisfação imediata. Tanto que pesquisas apontam está como a maior preocupação, de realização e não mais o dinheiro, como era a bem poucos anos atrás.
Isto é maravilhoso quando a pessoa descobre sua vocação, cai no lugar certo da sua área, acaba sendo bem remunerada, uma vez que dinheiro é consequência de um bom trabalho. Mas, em tempos de amores líquidos, como diz Zygmunt Bauman, não se tem mais uma dedicação, uma perseverança em momento algum. Nós, jovens há mais tempo, sabemos que, para chegar ao nível de fazer só e apenas o que gosta, existe uma trajetória longa, intensa, tem que se trilhar um caminho onde mesmo que seja o desejado, nem sempre faremos o que gostamos em tempo integral. Está no pacote quebrar os ovos para fazer o omelete. Dias de dúvidas, medos, angústias, pressões e estresse existiram até mesmo nas carreiras de maior certeza. O importante é que no andar da carruagem as satisfações sejam cada vez mais contínuas.
Mais um ponto relevante, aqui, é a certeza de mudar tudo em determinado
momento, mesmo com um “apaixonamento” e sucesso pelo que se faz ou fazia. Isto
é outro comportamento muito atual. Não ter dúvidas sobre o que ou onde atuava
e, aos poucos ou de repente, mudar o ramo e o rumo da vida profissional, na
grande maioria das vezes em busca de mais qualidade de vida, leveza, prazer,
custo benefício ou simplesmente por ter um leque mais amplo de aptidões e
talentos.
O importante é ter bem claro o seu propósito. Isto é o que te fara levantar
feliz quase todos os dias de trabalho, sem se importar com o tempo nem com o
grau de dificuldade daquela tarefa. É fazer o seu melhor mesmo que a situação
seja passageira ou provisória, é ver o lado bom, a metade do copo cheio, ter
esperanças na realização do seu empenho e valorizar cada desafio superado, cada
lição aprendida, ou ter a coragem de mudar em busca de mais felicidade.
O fato é que se os mortais, em geral, precisam produzir, pois que seja com
prazer. Pessoas produtivas são mais felizes e saudáveis, vivem mais e melhor.
Por tudo isto: Feliz de quem faz o que gosta, pois não precisa trabalhar.