Mostrando postagens com marcador O lado podre de. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O lado podre de. Mostrar todas as postagens

20 outubro 2019

O lado podre de: Aloysio Nunes


Aloysio Nunes Ferreira Filho nasceu em São José do Rio Preto, em 5 de abril de 1945, é  advogado e político brasileiro e ex-senador do Brasil pelo estado de São Paulo. Foi vice-governador de São Paulo, de 1991 a 1994 e o primeiro ex-comunista a ocupar este cargo


Biografia:
Começou a militância política em 1963, quando entrou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo. Logo depois do golpe militar de 1964, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB),  que, por ter sua existência proibida, atuava na clandestinidade. Foi presidente do tradicional Centro Acadêmico XI de Agosto e formou-se bacharel em direito em 1968.


Como o PCB se opunha à resistência armada contra a Ditadura Militar que se instalara desde 1964 no Brasil, Aloysio Nunes ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo.

Assumiu na clandestinidade o pseudônimo Mateus. Durante muito tempo foi motorista e guarda-costas de Marighella. As ações da ALN incluíram assaltos para angariar fundos que sustentariam a resistência armada.
Em agosto de 1968, participou do assalto ao trem pagador da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
Segundo relatos da imprensa da época, a ação ocorreu sem que houvesse o disparo de qualquer tiro. Aloysio Nunes foi o motorista do carro no qual os assaltantes fugiram do local com os malotes que continham 108 milhões de cruzeiros novos (21 600 dólares estadunidenses), dinheiro suficiente para o pagamento de todos os funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Em outubro do mesmo ano, participou do assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson interceptando o veículo na praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.
 
Sofrendo um processo penal em que já havia um pedido de prisão preventiva e com a possibilidade de que descobrissem algo sobre suas ações armadas, fugiu para Paris por sugestão de Marighella utilizando um passaporte falso.

Foi posteriormente identificado como guerrilheiro e condenado com base na extinta Lei de Segurança Nacional. Pretendia realizar um treinamento de guerrilha em Cuba, mas a gravidez de sua mulher o fez desistir. Tornou-se representante da Ação Libertadora Nacional no exterior e coordenou as ligações desta com movimentos de esquerda de todo o mundo.

Filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1971 e negociou com o presidente Boumédiène, da Argélia para que brasileiros recebessem treinamento militar de guerrilha naquele país.
Pôde finalmente, em 1979, regressar ao Brasil devido à promulgação da Lei da Anistia.
 
Desfiliou-se do PCB, ainda na clandestinidade, e filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), depois PMDB, tendo sido eleito por este partido deputado estadual de 1983 a 1991 em seu estado natal. Foi líder do governo Franco Montoro na Assembleia Legislativa em seu primeiro mandato, e líder do governo Quercia em seu segundo mandato durante a redação e votação da Constituição do Estado de São Paulo.
 
Foi vice-governador de São Paulo, de 1991 a 1994, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho. Acumulou a função de vice-governador com a de secretário estadual de Negócios Metropolitanos. Assumiu provisoriamente o governo quando Fleury viajou ao exterior. Foi o primeiro ex-comunista a ocupar este cargo.

Foi candidato derrotado do PMDB à prefeitura de São Paulo em 1992 por Paulo Maluf. Foi uma eleição polarizada basicamente entre Paulo Maluf e Eduardo Suplicy, tendo sido advertido de que seria quase impossível vencê-la
De 1995 a 2007, foi eleito deputado federal. Em 1997, sai do PMDB e se filia ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Interrompeu o mandato de 1999 a 2002, ao ocupar dois ministérios do governo Fernando Henrique Cardoso: a secretaria-geral da Presidência e o Ministério da Justiça. Foi o primeiro cidadão de São José do Rio Preto a exercer os cargos de vice-governador de São Paulo e ministro da Justiça.

Aloysio foi secretário municipal de São Paulo durante o governo José Serra/Gilberto Kassab. Durante o mandato de José Serra à frente do governo de São Paulo, Aloysio foi o secretário da Casa Civil.

Em 3 de outubro de 2010 foi eleito senador pelo PSDB de São Paulo, com 11 189 168 votos (30,42% dos válidos), tornando-se o senador mais votado do país, ao superar o recorde do petista Aloizio Mercadante estabelecido em 2002, com 10 491 345 votos (29,9% dos válidos, à época) e tendo ficado bem à frente da também petista Marta Suplicy – também eleita senadora como a segunda colocada com 8 314 027 votos (22,61% dos válidos) – e de Netinho de Paula (PCdoB), os quais até uns três dias antes eram ainda os francos favoritos em todas as pesquisas de intenções de votos.

Na eleição presidencial de 2014, Aloysio foi companheiro de chapa de Aécio Neves e disputou o cargo de vice-presidente da República. No primeiro turno, obteve 33% dos votos válidos, ficando em segundo lugar e disputando a vice-presidência com o candidato à reeleição do PMDBMichel Temer (vice de Dilma Rousseff).

Exerceu a liderança do PSDB no Senado, e foi líder do governo Temer na mesma casa.
Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.

Em 2 de março de 2017, Aloysio licenciou-se do Senado após ser nomeado Ministro das Relações Exteriores pelo presidente Michel Temer, devido a exoneração de José Serra da pasta por motivos de saúde. Foi substituído no Senado por seu primeiro suplente, Airton Sandoval.

Em 1 de Janeiro de 2019, foi exonerado do cargo de Ministro das Relações Exteriores, dado o fim do mandato Governo Michel Temer e retorna ao mandato de Senador da República por São Paulo. Dias antes foi indicado por João Doria para o comando do Investe São Paulo, no qual iria assumir em fevereiro de 2019 mas foi substituído pelo empresário Wilson Mello, sendo que foi alvo da 60º fase da Operação Lava Jato

Da redação com Wikipedia e O Destaque