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27 outubro 2019

Café com Amora - Editorial 27/10/19

Qualquer semelhança pode ser mera coincidência

"O  Pastel  Suor  e Lama
Era um barzinho imundo 
O seu dono, Luciano,
Quase tava moribundo
Mas nunca levou na vida
O nome de vagabundo

Mas uma galera esperta 
Na bodega foi chegando
Luciano abriu as portas
E os cabras foram entrando 
E diziam toda hora
“Pra ja ir se acostumando”

O pastel virou sucesso
Lugar cheio de malícia 
Cheio de danças, mulheres 
De soldados da polícia
Dizem que até juízes 
Achavam uma delicia 

Veio gente de todo lado 
Mudando até a rota
Veio do monte Pascoal 
Veio até dono de Frota 
Veio Major, Capitão
E muita gente de bota 

Até o velho Messias 
Levou sua filharada
Oh juventude traquina!
Que gosta de presepada
Que fizeram no pastel 
Uma festa da pesada 

O Pastel, aos poucos, foi 
virando um lupanar 
E na frente do bordel
Na parte alta, a brilhar,
Puseram PSL
Para o povo admirar 

O povo acompanhava 
Toda movimentação
Mas nas festas não entrava
Porque não tinha vez não 
Mas dava pra observar 
De longe, a confusão 

Onde tem muito dinheiro 
Todo mundo quer mandar
Luciano nem sabia 
Como contabilizar 
E o Major e o Capitão 
Começaram a avacalhar 

Logo começou o cacete
Cabeçada e empurrão 
Revistaram Luciano 
Que nem tinha mais ação 
O Major levou uma tapa 
Mas bateu no Capitão 

O povo, de longe, olhando 
Via soco, pontapé 
Chamaram Cabo Tenório 
Ludugero,  o Coroné
Lá fora só se ouvia 
Pega fogo cabaré!

Mestre Bicu 
Rua do Sapo, 14/5/1963"