É quando leio sobre uma delegada ser presa com 1,8 milhões em espécie em casa por enveredar-se pelos caminhos do crime e ter mais de 161 mil seguidores nas redes sociais, por ostentar sua vida confortável que lembro Ruy Barbosa ao citar: "Sinto vergonha de mim por ter trabalhado sempre pela justiça, por compactuar pela honestidade, por primar pela verdade" (Amorim Sangue Novo - Sem medo da verdade)
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha
impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao
lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça, de tanto ver
agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, A rir-se da honra, a ter vergonha de
ser honesto”
Primeiro ministro da
Fazenda do regime instaurado em novembro de 1889, chamado
de República da Espada,
teve sua breve e discutida gestão marcada pelo encilhamento, grave crise econômica provocada
pelo aumento indiscriminado da emissão de papel-moeda. Ainda como ministro de
Deodoro, envolveu-se em grande polêmica ao mandar destruir parte importante da
documentação histórica relacionada ao tráfico
de escravos.
Foi também deputado e senador,
tornando-se um opositor ferrenho do comunismo, que classificava como "a
invasão do ódio entre as classes" e uma ameaça à liberdade cristã, assim
como da vacinação obrigatória,
classificando as vacinas como possíveis condutoras "da moléstia, ou da
morte". Ruy Barbosa foi ainda o criador da primeira bandeira do Brasil
republicano, inspirada na bandeira dos
Estados Unidos e que foi adotada pelo governo provisório por
quatro dias, sendo substituída pela atual flâmula brasileira.
Notável orador e estudioso da língua portuguesa,
foi membro fundador da Academia
Brasileira de Letras (1897), ocupando a cadeira n.º 10, e seu
presidente entre 1908 e 1919. Como delegado do Brasil na II
Conferência da Paz, em Haia (Holanda,
1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos Estados. Por sua atuação nessa conferência,
recebeu do Barão
do Rio Branco o epíteto de "O Águia de Haia". Teve
papel decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz do Tribunal Mundial, um cargo de enorme
prestígio, que recusou.
Foi candidato à Presidência da
República, na chamada "campanha civilista",
contra o militar Hermes da Fonseca.
Apesar de ser considerado um ícone do republicanismo brasileiro, Ruy Barbosa se
desencantou com o sistema político que ajudou a implementar, realizando vários
comentários antirrepublicanos em seus últimos anos de vida. Pouco famosas, suas
críticas foram novamente trazidas à tona por movimentos monarquistas
brasileiros no início do século XXI (embora Ruy Barbosa não tenha se tornado
monarquista em vida)" - Wikipédia
José Priante, campeão de faltas na Câmara: “Só vocês estão preocupados”
O deputado José Priante (MDB-PA) extrapolou o número de faltas
permitido pela Constituição Federal no primeiro semestre. Permanecendo o alto
índice de ausência ao fim do ano, corre o risco de perder o mandato. Ele não
compareceu a 30 das 86 sessões deliberativas realizadas pela Câmara de
fevereiro a julho e nem apresentou justificativas, extrapolando o limite de um
terço de ausências não-justificadas permitido pela lei. Ao Congresso em Foco,
contudo, disse não estar preocupado com a quantidade de faltas registrada neste
sexto mandato como deputado federal.
"Vocês podem estar preocupados com isso, mas eu não
estou", afirmou Priante, que, segundo levantamento realizado pelo Congresso em Foco com
base nos dados oficiais de presença da Câmara dos Deputados, é o recordista em
faltas não justificadas da atual Legislatura. Reincidente na lista dos mais faltosos na Câmara, Priante registrou 53 presenças, três
faltas justificadas por licenças médicas e outras 30 faltas não justificadas.
Por isso, desponta com 41,86% de faltas, sendo 34,88% sem explicações. "Se
as faltas estão aí é porque eu faltei", admitiu o deputado, que pode
sofrer descontos no salário de R$ 33,7 mil por conta das faltas.
Para escapar de
punições mais graves como a perda do mandato, porém, ele alega ter apresentado
justificativas que ainda não foram computadas pela Câmara para algumas das 30
faltas que estão sem explicações no banco de presença na Casa.
"Ausências podem ter havido, algumas não justificadas. Mas
algumas foram justificadas e ainda não foram despachadas pela Mesa, pelo rito
que tem que ocorrer", afirmou o deputado, que apresentou "casos de
doença e compromissos no estado". "Coisas que estão dentro do
regimento", garantiu, sem, no entanto, revelar para quantas faltas
apresentou justificativa.
Primo do senador Jader Barbalho (MDB-PA), Priante é alvo de
inquérito que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal, desdobramento da
Operação Grand Canyon, que investiga irregularidades no Departamento Nacional
de Produção Mineral do Estado do Pará. Em 2014, recebeu doações de R$
462.650,00 das mineradoras. Ele integrou a comissão que discutiu o Código que
regulamenta o setor.
No ano passado, Priante foi eleito com 154.647 votos para o
sexto mandato na Câmara. Assim como o primo, Jader costuma figurar na lista dos
mais faltosos do Congresso. No primeiro semestre do ano passado, por exemplo,
Barbalho registrou apenas seis presenças no Senado. Ele faltou 30 vezes e
justificou 28 dessas ausências.